A grande maioria das pessoas, quando morrem, são enterradas em covas normais. Com isso, enfiamos madeira, tecidos e lápides em um pedaço de terra que não precisaria, a princípio, lidar com esse tipo de descarte. Tem gente que prefere a cremação, mas isso normalmente é feito em fornos que atingem quase mil graus Celsius e liberam gases, aumentando o efeito estufa.
Como resolver esse problema? Está se tornando cada vez mais popular, ao menos nos Estados Unidos, a opção de “cremação líquida”. Uma maneira de dissolver o corpo praticamente como seria feito na natureza, mas de uma forma muito mais rápida e ecologicamente mais correta.
Chamado oficialmente de “hidrólise alcalina”, nada é verdadeiramente cremado nesse processo, ou seja, ela não produz gases nem poluentes. O corpo é colocado em uma câmara altamente pressurizada, preenchida por uma solução alcalina composta de 95% de água e 5% de hidróxido de potássio.
Depois, essa câmara é aquecida a aproximadamente 175 graus Celsius, dissolvendo os tecidos moles do corpo. Apenas os ossos “sobrevivem” a esse processo, que é muito próximo do que ocorre naturalmente com nosso corpo, mas aqui em uma velocidade muito mais rápida! Para finalizar, os ossos são triturados.
O que sobra disso tudo é um composto em pó muito semelhante ao açúcar, em formato, cor e textura. A família recebe esse material e pode fazer o que quiser com ele: guardar em uma urna, jogar no vento ou no mar, depende da vontade do falecido ou de quem ficou para tomar as decisões.