Há frio, e depois há o frio de Oymyakon. As temperaturas no lugar mais frio do mundo permanentemente habitado já chegaram a -71ºC. O fotógrafo Amos Chapple viajou para esse vilarejo frio na tundra siberiana para documentar como é a vida das 500 bravas pessoas que vivem lá, e depois de descongelar sua câmera foi capaz de capturar imagens incríveis.
O termômetro marca -50°C ao longo da P-504 (R504), a rodovia Kolyma, que liga Oymyakon a Yakutsk. A rota é conhecida como a "Estrada dos Ossos" porque suas fundações contêm os restos mortais dos trabalhadores forçados que morreram construindo a via durante o governo de Joseph Stalin. “A paisagem não tinha nenhuma desolação que você espera na Sibéria”, diz Chapple. “Ondulações de colinas brancas por todas as direções”, completa.
Ao amanhecer, uma nuvem de fumaça sobe da usina de aquecimento que torna a aldeia habitável no inverno. Chapple diz que estava usando apenas calças finas quando saiu pela primeira vez em temperaturas de -47º C.
Uma escavadora entrega carvão fresco para a usina de aquecimento em Oymyakon. Localizada na mesma latitude de Yellowknife, no Canadá, a aldeia recebe apenas quatro horas e meia de luz do dia no final do inverno.