No começo de setembro, a dupla Raymond McElroy e Charlie Coyle estava pescando no lago Lough Neagh, no norte da Irlanda, quando fisgaram o que parecia ser um grande galho de árvore. Ao retirá-lo da água, no entanto, eles perceberam que a estrutura não era feita de madeira, e sim de ossos.
"Pensei que fosse o próprio diabo", disse Coyle em entrevista ao jornal The Irish Times. "Eu ia jogar de volta na água, não sabia o que fazer com ele." Ainda bem que o pescador mudou de ideia: com a ajuda do amigo, ele levou o osso para a superfície.
Com quase dois metros, a estrutura pertenceu a um veado da espécie Megaloceros giganteus, o maior animal do tipo a viver na região. Estima-se que ela tenha sido extinta há cerca de 10,5 mil anos.
Essa, inclusive, não é a primeira vez que restantes da criatura são encontrados perto do lago: em 2014, a mandíbula de outro veado gigante foi "pescada" por lá. Acredita-se que os restos desses animais sejam mais encontrados na Irlanda atualmente porque era onde eles mais se aproximavam da água, que ajuda na preservação dos ossos.
Segundo o Museu de Paleontologia da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, os chifres da espécie podiam chegar a até três metros de comprimento e ela rodava por outros lugares da Europa, bem como o norte da África e da Ásia e na China.
O crânio gigante encontrado no lago Lough Neagh, no entanto, ainda não foi para um museu: de acordo com a revista Smithsonian, os pescadores no momento guardam a ossada nas próprias garagens.