Dois professores brasileiros estão na lista dos melhores educadores do mundo. O Prêmio Global Teacher, que será entregue em março, pinçou 50 entre dez mil candidatos de 179 países.
Débora é professora da rede pública de São Paulo. A educadora atua na Zona Sul da capital onde ensina tecnologia. Os ensinamentos são aplicados no incentivo à reciclagem. Ao longo da caminhada os alunos e ela foram responsáveis pela retirada de uma tonelada de resíduos das ruas do bairro.
As aulas de robótica ministradas por Débora são recebidas com alegria pelos alunos. Dentro do laboratório, a criatividade é palavra de ordem. Lá, sucata vira matéria-prima valiosa para, por exemplo, um helicóptero com motor de impressora ou um ar-condicionado com gelo.
Escola é lugar de criatividade!
Jayse é professor em uma realidade distante da complexidade de uma megalópole como São Paulo. Ele leciona em uma escola pública na zona da mata de Pernambuco. No seu caso, a inovação é fomentada por meio da educação artística. Ele usa games e filmes, paixões dos alunos, como plataforma de criação de histórias com efeitos especiais e tudo.
Conexão
Professores de rotinas, sotaques e culturas tão diferentes, os dois estão ligados por algo em comum, o desejo de ensinar. Há três anos, Débora e Jayse conversam por meio de uma rede online onde educadores brasileiros trocam experiências.
A sala de aula precisa ser visto como espaço e inovação
Assim como os colegas, a dupla pretende buscar métodos de ensino atraentes, criativos e conectados à realidade. Pensando no futuro. “O mundo lá fora vai querer um aluno crítico. Eu quero um aluno que questione, que procure saber o porquê daquilo”, diz ao Jornal Nacional o professor de educação artística Jayse Ferreira.
Para Débora, tudo é uma questão de mostrar que a educação pode ser um universo de possibilidades infinitas. “Eles achavam que eles não eram capazes e hoje, quando eu vejo todos os protótipos que eles realizam, eu me orgulho porque eles são capazes. Eu vejo meus alunos querendo ser engenheiros, querendo ser biólogos, porque despertou essa aprendizagem para eles, eles entenderam que eles têm um lugar no mundo hoje”, finaliza.
O prêmio será entregue em março, em Dubai. O vencedor leva 1 milhão de dólares. Débora e Jayse já sabem o que vão fazer com o dinheiro caso vençam, investir em educação.