A violência presente nos filmes, programas de tevê, jogos de videogame e outras cenas tem preocupado pais, pesquisadores e educadores. Enquanto uns acreditam que a exposição prolongada à violência desses produtos culturais possa influenciar negativamente os jovens, principalmente as crianças; para outros essa não é uma relação tão consequencial assim.
É muito difícil, por exemplo, que um jovem com idade entre 10 e 30 anos não tenha contato direto com séries, livros, computadores, televisão e filmes. Nesses produtos que consumimos, é até comum darmos de cara com episódios ou cenas violentas.
Embora a Internet tenha se popularizado, a televisão ainda é a principal fonte de informação nos lares brasileiros. Por isso mesmo, as crianças ficam um tempo maior na frente do televisor. Em muitos casos, estão até acompanhadas pelos próprios pais. O conteúdo que é transmitido, na maioria das vezes, não passa por uma avaliação criteriosa dos pais.
Pelo fato das crianças e adolescentes estarem em processo de formação da personalidade, as informações violentas que recebem são mais impressionáveis. Portanto, alguns especialistas acreditam que haja uma influência nos padrões de comportamento. Outros, contudo, vão considerar que a mídia não é responsável pelo crescimento da violência; no entanto, contribui para a violência que é praticada contra os direitos da infância e da adolescência e o homem como um todo.
Os estudos e debates sobre a relação entre cenas violentas e a violência na vida real não cessam. Algumas das pesquisas sobre o impacto da violência nos jogos ou no cinema foram feitas em laboratórios. Enquanto estavam sendo expostos às cenas, as reações que apresentavam foram observadas. Segundo alguns estudos nos Estados Unidos, a violência estava muito mais relacionada ao histórico familiar de renda, ao Produto Interno Bruto do país.
Hoje, de acordo com os estudos do professor Ferguson, não existe correlação entre as taxas de homicídios e as cenas violentas presentes nos filmes atuais. Para se ter uma dimensão da situação, as duas últimas décadas, nos EUA, tiveram índices menores de violência juvenil. Por outro lado, o número de jogos considerados “violentos” aumentou. A correlação existente, portanto, é inversa.