A aviação é um dos setores enfrentando grandes desafios na nova era dos transportes, devido à sua alta emissão de dióxido de carbono e ao tamanho das aeronaves. Destaque para a Radia, nova empresa de energia americana, que planeja construir o maior avião cargueiro do mundo. Sua finalidade seria transportar pás gigantes de turbinas eólicas para impulsionar a transição energética.
QUEM COMANDA O PROJETO? O projeto é liderado por Mark Lundststrom, um cientista de foguetes graduado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Em 2016, ele fundou a Radia com o propósito de empregar soluções aeroespaciais na ampliação da energia eólica, abordando a logística de transporte como o principal desafio nesse campo. Conforme relatado ao Wall Street Journal, Mark Lundststrom e sua equipe de engenheiros dedicaram os últimos sete anos ao trabalho e aprimoramento do projeto do navio, nomeado "Windrunner".
✈️ MEDIDAS DA AERONAVE: A aeronave possui 108 metros de comprimento, 24 metros de altura e uma envergadura de 80 metros, com capacidade de carga de 80 toneladas. Seu tamanho é comparável ao de um campo de futebol e é quase 25 metros mais longo que o maior avião militar existente, superando até mesmo um Boeing 747. Se bem-sucedido, este será o maior avião do mundo em termos de dimensões e volume de carga. Para pousá-lo, será necessária uma pista de 1.800 metros de comprimento.
OBJETIVO NA CONSTRUÇÃO DA AERONAVE: A empresa, com sede em Boulder, Colorado, tem como objetivo desenvolver uma aeronave para reduzir as limitações logísticas que atualmente dificultam a expansão da energia eólica. O transporte de grandes pás de turbinas eólicas é essencial para a construção de parques eólicos mais amplos, pois pás maiores resultam em turbinas mais eficientes. No entanto, as restrições de infraestrutura terrestre, como pontes e túneis, limitam o transporte dessas peças. A nova aeronave visa superar essas limitações, facilitando o transporte de pás de turbinas eólicas de grande porte.
VALORES DO PROJETO: De acordo com informações do Wall Street Journal, a empresa de Lundstrom possui um financiamento de US$ 104 milhões para o desenvolvimento do projeto e alcançou uma avaliação de mercado de US$ 1 bilhão, conforme dados do PitchBook. Entre os apoiadores estão a gigante do petróleo e empresas de capital de risco, como Caruso Ventures, Capital Factory e Good Growth Capital. Os colaboradores e consultores da Radia incluem executivos atuais e antigos da Administração Federal de Aviação, Boeing, empresas de serviços públicos e desenvolvedores de energia renovável.