Muitas empresas, incluindo Google, estão trabalhando em maneiras de estender a vida das pessoas por muitos anos, porém, uma empresa dos EUA chamada Humai, pretende ir além.
Ao invés de nos fazer viver mais tempo, a empresa de Los Angeles quer trazer de volta à vida pessoas mortas usando a inteligência artificial.
Os detalhes sobre a tecnologia são escassos, e, segundo as informações divulgadas, não fica totalmente claro se a ideia se trata de uma brincadeira ou não, mas os planos implicariam no congelamento do cérebro de uma pessoa antes de inserir um chip "personalidade" nele.
O jornal Daily Mail, da Inglaterra, entrou em contato com a empresa para obter mais informações.
Josh Bocanegra, o fundador da empresa, afirma que a informação é verdadeira e acredita ser capaz de criar a ‘ressurreição humana’ nos próximos 30 anos. Segundo o site da Humai, eles são “uma empresa de tecnologia com a missão de reinventar a vida após a morte”.
Josh explicou que planeja usar inteligência artificial e nanotecnologia para “armazenar dados de estilos de conversação, padrões de comportamento, processos e informações sobre pensamentos, assim como funções do corpo de uma pessoa, de dentro para fora”. Estes dados seriam, então, codificados em "múltiplas tecnologias de sensores", construídos em um corpo artificial com o cérebro de um ser humano falecido. Ao longo do amadurecimento do cérebro a companhia pretende usar a clonagem de nanotecnologia para restaurá-lo e “trazê-lo de volta à vida”.
O custo do processo controverso e duvidoso é desconhecido, assim como a forma de adquirir o cérebro. Porém, Bocanegra disse em entrevista a um portal australiano que utilizaria a criogenia para congelar cérebros. “Quando a tecnologia estiver totalmente desenvolvida, vamos implantar o cérebro em um corpo artificial”, disse. Ele acrescentou que as funções do corpo artificiais seriam controladas pelos pensamentos da pessoa usando ondas cerebrais, de forma similar que próteses avançadas são controladas hoje.
Segundo o presidente da Humai, criar um corpo artificial poderá ‘contribuir para a experiência humana’, tornando a morte mais aceitável. Embora a ideia soe semelhante ao conceito de singularidade, há uma distinção entre ambas. A singularidade tecnológica é o desenvolvimento de 'superinteligência' provocada por meio do uso da tecnologia. Em termos mais simples, é a ideia de transferir nossas mentes a computadores e substituir partes do corpo com máquinas para nos tornar mais inteligentes e mais aptos, enquanto ainda estamos vivos.
O diretor de engenharia do Google, Ray Kurzweil, acredita que a singularidade possa ocorrer em torno do ano de 2045. Bill Maris, presidente do Google Ventures - corporativa de capital de risco de investimentos do Google que fornece verbas para novas empresas de tecnologias -, acredita que um dia será possível viver por até 500 anos, graças aos avanços médicos, bem como o aumento da biomecânica.
Ele já vem investindo em empresas de genética e startups de diagnóstico de câncer. “Nós temos as ferramentas, através da ciência, para alcançar qualquer coisa audaciosa. Eu só espero viver o suficiente para poder não morrer”, disse ele.
Maris fundou a Google Ventures em 2009, e supervisiona todas as atividades globais do fundo de investimento. Porém, ao contrário de Maris, o professor Sir Colin Blakemore, neurobiólogo e ex-executivo-chefe do Conselho de Pesquisa Médica Britânica, acredita haver um limite para a vida humana. Ele afirmou que 120 anos pode ser um limite absoluto real. Ele acrescentou dizendo que pessoas que vivem por mais de 120 anos são 'tão raramente ultrapassadas' que, mesmo com os avanços médicos e tecnológicos, é improvável que este limite superior será quebrado.