Especialistas da Universidade de Rochester, nos EUA, sugerem aproveitar os asteroides do tipo "pilha de escombros" próximos à Terra como habitats para assentamentos humanos.
A ideia, baseada nos princípios da física e engenharia que funcionam na teoria, consiste em aumentar a rotação da massa dispersa do regolito do asteroide para produzir gravidade artificial de giro, um conceito baseado nos "cilindros de O'Neill".
Em 1972, Gerard O'Neill foi encarregado pela NASA de projetar um habitat espacial que permitisse aos humanos viver no espaço.
O'Neill e seus colegas criaram um plano para uma cidade espacial giratória que consiste em dois cilindros que giram em direções opostas.
Os cilindros rotacionariam de maneira suficientemente rápida para fornecer gravidade artificial em sua superfície interna, porém, seriam lentas o suficiente para as pessoas não sentirem tontura, contudo a ideia não teve continuidade devido às limitações técnicas.
Por sua vez, os grandes asteroides de rocha sólida, com mais de dez quilômetros de diâmetro, não teriam resistência à tração para suportar as taxas de rotação necessárias e, sendo assim, sofreriam danos e se romperiam.
Já os asteroides menores, por serem "montanhas de escombros", possuem pouca resistência à tração e se dispersariam rapidamente.
Desta forma, os especialistas acreditam que a utilização de nanofibras de carbono resistentes abririam uma possibilidade de conter a massa do regolito do asteroide disperso em um grande contêiner rotatório, com resistência à tração moderada.
No artigo teórico, publicado na Astronomy and Space Sciences, os pesquisadores expuseram suas ideias, afirmando que o estudo mostra um caminho entre a ciência e a ficção científica.