Estudo revela se a decapitação dói e por quanto tempo a cabeça fica consciente fora do corpo

Os principais motivos destes atos são a intolerância religiosa, xenofobia ocidental, questões politicas como a Guerra Civil Síria e o Terrorismo

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A decapitação foi largamente utilizada na Europa como pena de morte, sempre com caráter político: era reservada geralmente para líderes de rebeliões. Na atualidade ainda é utilizado na Arábia Saudita com o uso de espadas. Mas desde quando o método foi “inventado”, duas grandes dúvidas são constantemente debatidas: a decapitação dói? Por quanto tempo a cabeça fica consciente?

Existem vários vídeos na internet de decapitação em que estão presentes extremistas islâmicos e rebeldes, isso pode se dar ao fato da tradição árabe de execução por este modo, pois como maior parte da Arábia é deserta e a forma de locomoção mais usada era e ainda é por animais, o melhor modo de comprovar a morte de alguém é mostrando sua cabeça. Porém, ainda hoje, esta tradição é costumeira em países como Síria, Tunísia, Paquistão, Líbia e Arábia Saudita onde é permitida a execução de condenados, com o uso de espadas. Os principais motivos destes atos são a intolerância religiosa, xenofobia ocidental, questões politicas como a Guerra Civil Síria e o Terrorismo.

Afinal, a decapitação dói?

Sim, a decapitação dói. O quanto dói depende da habilidade – ou não – do carrasco. Quando a Mary, a rainha da Escócia, foi executada no castelo de Fotheringay, em 1587, o carrasco desastrado golpeou-a por três vezes sem conseguir decaptá-la. Ele, então, teve que cortar a pele e a cartilagem com um punhal para completar o serviço.

O grito profundo e prolongado de Mary quando o machado deu o primeiro golpe deixou as testemunhas horrorizadas e certas de que sua dor fora lancinante.
Por quanto tempo a cabeça fica consciente?

Bem, na França, no tempo da guilhotina, pedia-se a alguns condenados que piscassem os olhos se ainda estivessem conscientes após a queda da lâmina. Há registros de que algumas cabeças piscaram até trinta segundos depois de decapitadas. Porém há uma especulação para saber o quanto de voluntário ou de reflexo nervoso tinha esta reação.

A guilhotina foi assim chamada devido ao procurador francês que propôs seu uso em 1789. Foi testada em cadáveres em Paris, e empregada na Revolução Francesa, em 1792. Joseph-Ignace Guillotin apresentou-a como um equipamento rápido e indolor, que oferecia a todos os cidadãos as vantagens de uma técnica que era usada somente nos nobres.

Embora se acredite que foi Guillotin quem a inventou, ela foi usada durante o século XVI na Itália, na Alemanha, na França e na Escócioa. O uso da guilhotina era considerado mais humano, pois sua lâmina era afiadíssima, e a execução, mais rápida do que a feita com um machado.

Muitos países com conhecimentos científicos suficientes para avaliar esta questão já abandonaram, há muito tempo, a decapitação como penalidade máxima.

O químico francês Antoine Lavoisier, que viveu entre 1743 a 1794, foi preso durante a revolução e condenado à morte por decapitação. Ele pediu a amigos para observarem com atenção por quanto tempo ele continuaria piscando depois de ter a cabeça arrancada. Foi registrado que ele piscou durante 15 segundos após a decapitação.

A história do último serviço heróico prestado por Antoine Lavoisier à ciência foi narrada muitas vezes, mas, infelizmente, parece não ter sido baseada em fatos reais. Mas há um registro confiável feita pelo Dr. Beaurieux, sob condições ideais, com a cabeça do assassino Languille, guilhotinado às 5:30 da manhã do dia 28 de junho de 1905, que diz:

” Eis aqui o que pude perceber imediatamente após a decaptação: as pálpebras e os lábios do homem guilhotinado movimentaram-se em contrações rítmicas irregulares por cerca de cinco ou seis segundos… Esperei alguns segundos mais. Os movimentos espasmódicos cessaram. O rosto relaxou com as pálpebras meio fechadas sobre os olhos, deixando à mostra o branco da conjuntiva, exatamente como nos defuntos, ou nos que tivemos a oportunidade de ver morrer, em todos os dias do exercício da nossa profissão. Chamei em voz alta: “Languille!” Vi as pálpebras levantarem-se vagarosamente, sem qualquer contração espasmódica… Em seguida, os olhos de Languille olharam fixos para os meus e as pupilas buscaram foco… Depois de vários segundos, as pálpebras se fecharam de novo, vagarosamente e por completo, e a cabeça assumiu a mesma aparência que tinha antes de tê-lo chamado. Foi neste momento que tornei a chamá-lo e, mais uma vez, sem qualquer espasmo, as pálpebras se abriram e olhos inegavelmente vivos se fixaram nos meus, talvez de modo mais penetrante do que da primeira vez. Houve, então, um novo fechamento das pálpebras, desta vez incompleto. Tentei chamá-lo uma terceira vez; não houve mais qualquer movimento e os olhos ficaram com uma aparência “vidrada”, tal como acontece com os mortos. Relatei para vocês, com rigorosa exatidão, o que pude observar. A experiência durou de 25 a trinta segundos, ao todo.”


Relato curioso sobre a decapitação africana

O Dr. Livingstone escreveu que os africanos com os quais teve contato achavam que a consciência não era perdida imediatamente. Ele relatou que eles amarravam cordões num galho seco curvado e nas orelhas de alguém que ia ser decaptado para que este, em seus últimos momentos de consciência, tivesse a impressão de estar voando para o céu.


A decapitação no Brasil

Hoje são raros casos de decapitações no Brasil, mas ainda são existentes em rebeliões prisionais, revoltas populares, linchamento e casos de Serial Killers. Como o país lidera o número de mortes no trânsito, é nessa condição onde mais ocorre esse tipo de fato, e também nas prisões do Brasil. Isso demonstra a crueldade de facções e revoltas entre presos, bem frequentes no estado do Maranhão, onde o maior exemplo é o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, uma das prisões mais temidas do Brasil.

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