As autoridades da Flórida, nos Estados Unidos, estão pensando em propor uma uma nova maneira para combater uma espécie invasora de serpentes, a píton birmanesa: colocando elas como possíveis refeições diárias. As informações são do Sputnik.
A espécie, que pode atingir seis metros de comprimento, tornou-se tão inconveniente que as autoridades da Flórida ponderam emitir uma espécie de guia consultivo sobre como comê-los, apesar do fato de que a sua carne conter mercúrio.
Eric Sutton, diretor da Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Flórida, decidiu realizar análises de mercúrio na carne de píton para determinar se ela poderia ser consumida sem perigo à saúde. “Além da ideia de comer cobras, o estado norte-americano também vai contratar mais caçadores, investir em tecnologia para identificar melhor as serpentes e treinar cães farejadores de píton”, disse.
Segundo um estudo realizado há quase dez anos, pítons do Parque Nacional de Everglades tinham 3,5 frações de mercúrio por milhão, ou seja, quase oito vezes superior à norma de 0,46 partes por milhão, estabelecida pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA.
No entanto, se forem cozinhadas corretamente, a carne destes répteis pode ser usada em receitas onde geralmente se usa frango ou porco, disse Donna Kalil, caçadora de pítons, ao portal Palm Beach Post.
"Usando a técnica stir-fry [fritar rapidamente no óleo bem quente], você pode adicionar gengibre fresco, alho e legumes de sua escolha e servi-los com o arroz", explica Kalil.
"Geralmente, quando eu uso para isso a panela de pressão, eu adiciono um pouco de compota de maçã, picante e malagueta que lhe dá um sabor agradável", complementa a caçadora. Em outubro, dois caçadores capturaram na Flórida uma píton birmanesa de 5,8 metros de comprimento.