Não necessariamente, graças à tecnologia. Até a virada do século era quase impossível que um veículo automático fosse capaz de superar o ser humano na hora de trocar as marchas em uma arrancada. Mas isso começou a mudar com a popularização das caixas automatizadas de dupla embreagem.
Seu conceito é simples: elas têm uma construção similar à de um câmbio automático, mas são operadas por atuadores e capazes de deixar duas marchas engatadas ao mesmo tempo. Então, quando você está acelerando em segunda, o sistema já está com a terceira engatada, e faz apenas a mudança das embreagens na hora da troca.
Essa solução se mostrou imbatível no quesito velocidade, permitindo aumentos ou reduções de marcha na casa dos 100 milissegundos (ms) — cinco vezes mais rápida que uma troca manual comum. O BMW M3 da geração E90, por exemplo, era dois décimos mais lento no 0 a 100 km/h quando equipado com caixa manual, mesmo com os melhores pilotos da marca a bordo.
Diferença entre os sistemas mudou conforme a evolução dos veículos