Filhote de baleia é sacrificado depois de ter cauda decepada por barco

Fotógrafo da National Geographic, Paul Nicklen disse que a “imagem horrível” de Pérez deveria servir como um “alerta” que pudesse causar alguma mudança.

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Um filhote de baleia-piloto-de-aleta-curta foi encontrado com sua cauda decepada e pendurada em seu corpo por especialistas marinhos na costa de Tenerife, nas Ilhas Canárias, na Espanha. Ele apareceu lutando para nadar com suas nadadeiras. As informações são do Extra.

O filhote ferido estava migrando através da faixa marinha Teno-Rasca, uma zona designada de conservação especial. É o lar de uma das mais importantes populações de baleias-piloto do mundo, mas o risco de colisões mortais é alto devido ao tráfego intenso de balsas e embarcações.

O fotógrafo subaquático Francis Pérez foi chamado para resgatar a baleia junto com um biólogo marinho e um veterinário especializado na vida marinha. Eles puxaram o filhote para fora da água e colocaram-no dentro do barco, embora ele não tivesse nenhuma chance de sobrevivência.

Francis Pérez/Reprodução Instagram

Tudo o que puderam fazer foi manter o animal sedado até sua morte, poupando-o de mais sofrimento desnecessário. Pérez disse que foi "um dos dias mais tristes" de sua carreira como fotógrafo da vida marinha nas Ilhas Canárias. "Pensei que os cortes tivessem sido causados por mordidas de tubarões, mas não, eles foram causados por um animal irracional, o ser humano", disse. E, segundo a perícia, por um objeto pontiagudo, como a hélice de um pequeno barco.

Fotógrafo da National Geographic, Paul Nicklen disse que a "imagem horrível" de Pérez deveria servir como um "alerta" que pudesse causar alguma mudança. "O que precisamos fazer é nos engajarmos mais. Impor limites de velocidade às embarcação é muito difícil, mas tudo começa com a conscientização e a pressão pública. Por mais raiva e tristeza que isso me cause, também estou extremamente motivado a fazer algo a respeito. Estou trabalhando com o Sea Legacy para criar um movimento global de pessoas que querem pressionar por mudanças legislativas para evitar esse tipo de acidente", informou.

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