Crianças focadas em telas (Foto: Divulgação/Curta!On)
Qual o tempo máximo que uma criança deve ficar diante de uma tela de TV ou de celular por dia? Quais as consequências da exposição excessiva a esses estímulos audiovisuais? Quais os achados dos cientistas que estão estudando esses efeitos no cérebro? Essas e outras perguntas importantes que, hoje em dia, todos os pais se fazem são respondidas no documentário francês "Geração Tela", do diretor Raphaël Hitier, inédito no Brasil. O filme acaba de chegar exclusivamente ao Curta!
Segundo estudos, as crianças em idade pré-escolar passam entre quatro e seis horas diárias em frente a algum tipo de tela, ou seja, mais de um terço do tempo que permanecem acordadas. Psicólogos e pediatras vêm detectando alterações comportamentais nessas crianças, como atraso no desenvolvimento da fala, déficit de atenção, transtornos no humor e problemas de interação. O filme traz depoimentos de professores de neurociência, de psicologia infantil e de ciências comportamentais, entre outros. Eles explicam por que os estímulos da TV, de videogames, de tablets e de celulares causam esses distúrbios e como a ciência está produzindo estudos sobre isso.
A recomendação dos cientistas é que se evite expor crianças com menos de três anos a esses estímulos e que o uso dessas tecnologias seja restrito a 60 minutos para crianças de até 5 ou 6 anos. Uma das experiências mostradas no filme foi feita com ratos recém-nascidos, submetidos a algumas horas diárias de estímulos audiovisuais. Mais tarde, ao serem colocados num recipiente de vidro, eles caminham de modo impulsivo por todo o espaço, enquanto os ratos que não receberam estímulos iguais aos da TV exploram o espaço com mais cautela, andando pelos cantos.