Fósseis do maior predador jurássico foram encontrados na Itália

Esse dinossauro foi chamado de Saltriovenator zanellai.

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A Pré-História foi uma época que marcou tanto o nosso planeta que até hoje é pauta dos estudiosos. Os extintos dinossauros despertam a curiosidade nas mais diversas pessoas e, descobertas sobre eles podem nos ajudar. Paleontólogos escavaram recentemente 132 fragmentos de fósseis de uma espécie carnívora de dinossauro de quatro dedos em uma pedreira de mármore de Saltrio, nos Alpes italianos.

Segundo os estudos, o animal viveu há cerca de 200 milhões de anos. Ainda de acordo com as pesquisas, ele é o primeiro dinossauro conhecido descoberto na Itália. Ele é ainda o mais antigo Ceratosauria já descoberto e também maior predador Jurássico, podendo pesar até uma tonelada.

Esse dinossauro foi chamado de Saltriovenator zanellai. Seu nome científico vem do latim "venator", que tem o significado de caçador, segundo a pesquisa publicada no periódico Peer J. Segundo os cientistas envolvidos nos estudos, a jornada de sua fossilização é impressionante. O S. Zanellai teria morrido na costa do mar e as criaturas marinhas se alimentaram de seus restos mortais. Com o surgimento dos Alpes, seu esqueleto foi erguido junto com o solo.

Além do mais, o esqueleto dessa espécie sobreviveu a explosões provocadas por seres humanos. Em algumas ocasiões, os trabalhadores industriais usaram dinamites para explodir esta região e isso acabou quebrando a ossada. "É um milagre que tenha sobrevivido a uma cadeia tão longa de eventos", disse o curador de paleontologia e vertebrados do Museu de História Natural de Milão, Cristiano Dal Sasso. Dal Sasso e seus colegas vasculharam o local, escavando fragmentos do esqueleto.

Diversos deles tinham marcas de mordidas de antigos invertebrados marinhos. O S. Zanellai era grande e media cerca de oito metros de comprimento. Possuía quatro dedos. "Em algum lugar na linha evolutiva dos ceratossauros, o quinto dedo, o mais externo, foi perdido", disse Matthew Lamanna, curador do Museu Carnegie de História Natural, em Pittsburgh, Estados Unidos. Segundo Dal Sasso, três dos quatro dedos dessa espécie serviam como garras poderosas, que provavelmente serviram para que ela se defendesse e sobrevivesse.

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