Olhando ninguém diz, mas a sua escova de dente pode ser o ambiente ideal para a morada de vírus, bactérias e fungos. Isso acontece por falhas na higienização daquela que é nossa companheira de todos os dias – é com a escova dental que começamos o nosso dia e é com ela que encerramos as atividades, antes de dormir.
No banheiro, a escova de dente passa por várias situações de risco. Quando alguém dá descarga no vaso sanitário e não abaixa a tampa, por exemplo, dispara no ambiente uma nuvem de bactérias (dentre elas, os coliformes fecais) eliminadas pelo organismo – se a escova estiver exposta, a contaminação é inevitável.
Um espirro também pode contaminar a escova. Escovar os dentes resfriado ou gripado também transfere os vírus e as bactérias para as cerdas. Os fungos também são inquilinos indesejados das escovas dentais: “Eles gostam de lugares fechados, úmidos e com substrato – o armário do banheiro é o ambiente perfeito para eles”, avalia o dentista Fernando Ferraz (CRO-SP 85843), da clínica Ferraz Odonto.
A sua escova de dente pode ser contaminada por:
· Fungos
· Vírus e bactérias (inclusive coliformes fecais)
· Restos de alimentos
· Sangue, de sangramentos na gengiva
Como evitar a contaminação da sua escova de dente
Primeiro, ao dar descarga sempre abaixe a tampa. E mantenha a escova longe do vaso sanitário. Um cuidado simples e fácil é adotar o uso de uma capinha de acrílico para proteger a cabeça da escova.
Nunca deixe a escova muito úmida. Após o uso é importante enxaguar e eliminar o excesso de água antes de guarda-la.
“Compre um borrifador, preencha com enxaguatório bucal e, à noite, borrife a solução na escova para produzir um efeito antibactericida”, orienta Fernando.
Lave as mãos antes de escovar os dentes, a medida além de evitar a contaminação do cabo da escova, impede que ao bochechar você leve “de carona” bactérias à boca.
Troque de escova a cada três meses, ou assim que as cerdas apresentarem sinais de desgaste.
Não compartilhe sua escova de dente. “Você pode pegar bactérias da outra pessoa. Esse risco também existe quando as escovas são guardadas próximas e desprotegidas: as bactérias podem ‘pular’ de uma para outra”, alerta Fernando.