Garoto tem cabeça atravessada com espeto de churrasco e sobrevive

Criança de 10 anos caiu de casa na árvore e acabou se acidentando.

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O caso milagroso ocorreu no estado do Missouri, nos Estados Unidos, onde um garoto de 10 anos de idade está em recuperação no hospital após ter sido atacado por vespas e cair de uma casa na árvore de cara em um espeto de churrasco. O acidente foi registrado no último sábado (08).

A ponta fina do objeto atravessou sua cabeça, mas, de acordo a equipe médica, "milagrosamente" não atingiu seus olhos, cérebro, medula espinhal e principais vasos sanguíneos.

O Hospital da Universidade do Kansas informou à imprensa local que Xavier Cunningham, como foi identificada a criança, deve se recuperar totalmente, com exceção de sua voz, que pode ter sido afetada.

Entenda o caso

Xavier estava brincando em uma casa na árvore em sua casa em Harrisonville, Missouri, quando uma vespa chamada nos EUA de yellow jacket, nome dado aos insetos dos gêneros Vespula e Dolichovespula, cujas picadas chegam a ser descritas como dolorosas queimaduras de cigarro, começaram a atacá-lo.

O menino acabou caindo da casa da árvore diretamente sobre o espeto de churrasco de metal com cerca de 30 centímetros de comprimento. O espeto atravessou sua cabeça, penetrando cerca de quinze centímetros em seu crânio.

A mãe dele, Gabrielle Miller, relatou ao jornal local Kansas City Star que o viu entrar em casa gritando, com a vara de metal "saindo" da cabeça. "Eu estou morrendo, mamãe. Posso sentir que estou morrendo", ela se recorda de tê-lo ouvido dizer a caminho do hospital.

Depois de passar pelo hospital local, Xavier transferido para uma unidade em Kansas City, a cidade mais populosa do Missouri, e finalmente enviado para o hospital da Universidade do Kansas, onde finalmente foi submetido a uma cirurgia. Os médicos removeram com sucesso o objeto - o que demandou uma delicada e demorada cirurgia, devido às extremidades afiadas do objeto.

O ferimento não chegou a causar hemorragia e poupou olhos, tronco cerebral, medula espinhal e vasos sanguíneos - o que afastou riscos maiores e permitiu que os médicos chamassem cirurgiões especialistas antes de tentarem a remoção na manhã seguinte ao acidente.

Koji Ebersole, diretor de neurocirurgias endovasculares do Hospital da Universidade do Kansas, ressaltou, em entrevista ao Star, a sorte que foi ter um objeto atravessar 12 ou 15 centímetros cabeça adentro sem atingir importantes áreas do corpo. Ele ressaltou que a maior preocupação durante o procedimento de remoção eram os vasos sanguíneos no pescoço do menino e chamou a recuperação dele de "milagrosa".

"Eu ainda não tinha visto nada alcançar essa profundidade em uma situação com condição de sobrevivência da vítima, quanto mais um caso em que achamos que a recuperação será quase completa, se não for completa", disse ele ao Star.

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