Quando seu filho Kai machucou a testa, o americano Toby Meisenheimer foi à farmácia em busca de um curativo e voltou com um incômodo: na prateleira desse produto, não havia nenhuma opção da cor da pele do garoto.
Negro, Kai é um dos três filhos adotivos de Toby, que é branco e tem ainda outros dois filhos biológicos. Ele conta que ficou impressionado de nunca ter pensado nisso antes. “Não acredito que vivi 38 anos sem perceber que os curativos vinham em um formato que só combina com um tom de pele. Isso não está certo”, pensou.
Professor de matemática e consultor em uma firma de investimentos financeiros na região de Chicago, Toby então resolveu criar um produto que suprisse essa lacuna no mercado.
Depois de um período de pesquisas, ele lançou em 2015 a marca Tru-Colour Bandages, com curativos em três tons de pele, todos mais escuros do que o tradicional bege-rosado dos produtos mais conhecidos.
“Durante anos fui de uma família só de brancos. Depois que adotamos crianças com cor de pele que não eram como as nossas, começamos a ver as coisas de forma diferente. Precisa haver uma mudança na forma como as empresas fabricam curativos em um mundo cheio de diversidade”, disse.