Por um período de dois anos, um homem namorou 20 mulheres na China, das quais ele se aproveitava financeiramente. O caso foi noticiado recentemente na mídia chinesa e chamou atenção.
O caso começou a ganhar notoriedade quando uma das vítimas prestou queixa contra o chinês em uma delegacia de polícia no município de Zhengzhou, província chinesa de Henan. A vítima afirma que foi extorquida em cerca de 9 milhões de yuans (US$ 1,3 milhão) entre 2019 e 2021.
Segundo uma reportagem publicada pelo portal de notícias Odditycentral, Nan, quando conheceu a vítima, alegou ser filho e neto de poderosos funcionários públicos.
A mulher que apresentou a queixa, identificada pelos veículos de comunicação da China com o pseudônimo de Zhang Li, disse às autoridades que conheceu o golpista pelo aplicativo WeChat.
Após dias e dias trocando mensagens, ambos marcaram um encontro em um lava-jato. A vítima, que na época estava emocionalmente vulnerável, acabou se rendendo aos encantos de Nan, acreditando em tudo o que o rapaz dizia.
O chinês começou a extorquir dinheiro da vítima após dizer que o pai estava sendo acusado de corrupção. A vítima, que já estava envolvida, ofereceu dinheiro para ajudá-lo a resolver a situação.
Nan, sem pestanejar, aceitou. O montante disponibilizado por Li, segundo expôs a reportagem do portal de notícias Odditycentral, foi utilizado para a aquisição de carros de luxo, como Ferrari, Lamborghini e Porsche.
Em outra ocasião, o golpista disse à namorada que considerava conquistar uma promoção em seu emprego, mas que para conseguir o cargo precisava presentear os chefes.
A vítima, mais uma vez, disponibilizou a Nan outra quantia de dinheiro. Quando Li percebeu que havia sido enganada, o golpista já havia gastado o dinheiro com carros de luxo, viagens, jogos de azar e festas.
Investigações
De acordo com os veículos de comunicação da China que realizaram uma cobertura do caso, o modus operandi de Nan era impecável. Após investigar a queixa da primeira vítima, as autoridades descobriram mais 19 mulheres que caíram na lábia do golpista. Uma delas foi identificada como Li Min.
O chinês também a conheceu em 2019, logo após se divorciar. Segundo Min, “Nan era afetuoso, um rapaz de sucesso e enchia-a de presentes”.
Diferente do relacionamento que manteve com Li, era Nan quem suportava financeiramente Min. Para conquistar a confiança da vítima, o chinês passou para o nome de Min dois dos carros que possuía, um Audi A8 e um Audi Q7 e, além disso, constantemente depositava dinheiro em sua conta bancária.
Depois de um tempo, Nan pediu que a vítima vendesse um dos carros e que transferisse o dinheiro para sua conta pessoal porque desejava investi-lo.
Min disse à polícia que só percebeu que Nan era um vigarista em maio do ano passado, quando recebeu um telefonema de outra mulher, que também alegou ser namorada Nan, revelando como o chinês agia. O curioso aqui é a mulher que telefonou para Min morava no mesmo edifício.
As autoridades conseguiram deter Nan nesta semana. Após mantê-lo sob custódia, as autoridades emitiram um comunicado à imprensa alertando as mulheres. Até o momento, a polícia não soube informar quanto exatamente o chinês extorquiu das vítimas.