De capacete, envolvida por uma estrutura de metal, lá vem dona Izaura, dirigindo um “projeto de carrinho”, que não chega a ser exatamente um modelo dos mais modernos, mas também é um pouco mais sofisticado do que os rolimãs da época de seus netos.
Quem vê a tranquilidade com que ela pilota o veículo sem teto, ainda sem forma definida, não imagina, que essa é a primeira vez que a vovó , do alto de seus 90 anos, dirige um “carro” - se é que o exemplar pode ser chamado assim.
Sem nunca ter pisado em um freio ou acelerador antes, engana-se quem pensa que a experiência foi traumatizante para a idosa. Apesar do aparato na cabeça para proteção e a exposição praticamente total do corpo, ela conta que encarou o desafio numa boa: “Não tive medo, não. Dirigi, desci ladeira, fiz curva… sem medo”, conta com um ar de quem se divertiu bastante.
Essa foi a primeira vez que ela se viu dirigindo. Com a ajuda do neto e alguns amigos, dona Izaura mostrou que nunca é tarde para fazer algo pela primeira vez.
Mas, verdade seja dita, a ideia de colocá-la para pilotar não foi uma iniciativa própria. O pedido partiu do gerente de marketing Diego Burgo, de 40 anos, um de seus netos, e ela, como toda avó, aceitou de primeira.