Victor Oliveira é um influenciador digital que usa o Instagram para fazer quadros onde interage com seus seguidores. Um deles é o “Vitinder”, onde pessoas se apresentam falando nome, idade e orientação sexual pela caixa de perguntas nos stories do Instagram de Victor e ele divulga o perfil para quem puder se interessar. As informações são do IG.
“A ideia do Vitinder surgiu há quase um ano, logo após o Não Está Sendo Fácil -- um quadro que as pessoas contam seus perrengues para mim -- e notei que tinha muita gente solteira. Então pensei em conectá-las”, conta o blogueiro.
O quadro semanal já juntou 35 casais em 42 semanas. “Já teve date em NY, já teve reencontro com ex -- que originou uma segunda chance. Também teve um encontro inusitado em uma padaria às 7h, ‘ei, te vi no Vitinder ontem’ e desenvolveram o papo lá mesmo e estão namorando hoje em dia”, relata Victor.
Uma das abençoadas por esse Tinder a céu aberto da internet foi a Isadora, carioca de 28 anos que acompanha o influenciador nas redes sociais desde 2012. Mas a "benção" não veio de cara, quando Isa foi anunciada até recebeu algumas curtidas e mensagens interessadas, mas nada que chamasse a atenção.
Depois de alguns dias, o Victor criou um grupo no Telegram para pessoas que acompanhavam seus quadros, desse grupo surgiu um grupo menor, só para as pessoas do Rio de Janeiro, que incluía a moça. “Só fui saber depois, mas justamente um menino que eu interagia no grupo curtiu minha foto no Vitinder. Começamos a nos falar, tinha aquele flerte de brincadeira, mas acabou ficando sério”, conta Isadora, que está há quatro meses em um relacionamento com Eduardo.
Já a história do relacionamento da Ana é um pouco diferente, mas também aconteceu por meio do Vitinder. Ana é seguidora antiga do blogueiro e sempre estava de olho nos seus posts, mas como no quadro de relacionamento nunca havia ninguém da sua cidade, Joinville, ela tinha desencanado.
Porém, em uma noite de março, a moça não estava conseguindo dormir, decidiu ver os stories do Victor bem em dia de anúncios de solteiros e quando se deparou com o ”anúncio” Daniel, logo pensou: “nossa, que boy gato, nem acredito que é daqui da cidade”. Ana não perdeu tempo e mandou mensagem para o boy falando que tinha visto o perfil dele no Vitinder.
Depois disso, tiveram um encontro, Daniel foi buscá-la de carro e jantaram em um restaurante. “Foi engraçado, porque eu sou muito tagarela, mas nesse dia ele não parava de falar um segundo, a gente não conseguia conversar de tanto que ele falava, pensei ‘nossa, não vai dar certo com esse guri falante’”, confessou a catarinense.
Apesar de tudo, os dois continuaram se falando, até que uma semana depois do primeiro encontro a quarentena os separou, mas depois de um mês, a tia com quem Ana mora, incentivou o rapaz a ir na casa delas. E, contra todas as chances, ele foi. E não parou mais de ir. Hoje, os dois estão quase completando quatro meses de namoro sem nenhuma discussão.
“Eu acho que posso dizer que foi uma coisa do destino, porque não temos nenhum amigo em comum, a gente não frequentava os mesmos lugares, moramos em bairros distantes, não tinha chance nenhuma da gente se encontrar se não fosse pelo Vitinder”, relata Ana.