Os homens japoneses encontraram uma nova forma de relacionamento. Bonecas de silicone, com aparência próxima do real, com cabeça e vagina desmontáveis, que possibilitam uma customização personalizada, estão ganhando cada vez mais adeptos no país asiático.
Masayuki Ozak, 45 anos, é fisioterapeuta. Após o nascimento de sua filha, ele e a mulher não tiveram mais relações sexuais e por esse motivo ele começou um novo relacionamento com Mayu, sua “namorada” de silicone. O que chama mais a atenção é que a boneca divide a casa e a cama com a esposa de carne e osso de Masayuki. “Depois que a minha mulher deu à luz, deixamos de fazer amor e senti uma profunda solidão. Li um artigo em uma revista sobre o tema destas bonecas e fui ver uma exposição. Foi amor à primeira vista. Quando minha filha entendeu que não era uma Barbie gigante, ficou com medo e achou nojento, mas agora já é suficientemente crescida para dividir a roupa com Mayu”, comentou o homem ao jornal britânico The Sun.
As bonecas, conhecidas como “rabu doru” (boneca do amor), são compradas principalmente por homens viúvos e portadores de deficiência, que as vêem não apenas como um objeto sexual, mas sim como uma parceira na vida. Elas são levadas para passeios e “compram” roupas, joias e tudo o mais. Cerca de duas mil bonecas de silicone são vendidas por ano em todo o Japão, segundo profissionais do setor. As primeiras bonecas, que eram infláveis, surgiram na época de 1981. Somente em 2001 que foram fabricadas as versões em silicone e látex, simulando a pele humana. Cada uma custa €5,3 mil euros (cerca de R$19.900).
“As mulheres japonesas têm o coração duro. São muito egoístas. Sejam quais forem meus problemas, Mayu (boneca) sempre está aqui. Sou louco por ela e quero estar sempre com ela, que me enterrem com ela. Quero levá-la ao paraíso”, comenta Masayuki.