Milena Nenemann já é exemplo de superação com apenas 19 anos. Após contrair meningite, a jovem precisou amputar as mãos e os pés. No entanto, superou as dificuldades e ganhou visibilidade nas redes sociais com vídeos em que aparece se maquiando com uma mão biônica. As informações são do G1.
O canal da jovem no Youtube foi criado há quatro meses e, por enquanto, só tem um vídeo. Neste período, o tutorial de maquiagem recebeu mais de 6,2 mil visualizações. Milena ficou entre a vida e a morte após contrair uma superbactéria durante um episódio de meningite, em janeiro de 2017. Na mesma semana, entrou em coma e precisou ser internada.
A repercussão foi tanta que um empresário de Sorocaba (SP) decidiu presentear a garota, que mora no Paraná, com três próteses sob medida para melhorar a qualidade de vida dela e ajudá-la a viver normalmente.
Assista:
"Pretendo continuar com o canal. No momento, não tenho muito tempo, estou estudando muito, mas em breve vou postar mais tutoriais", explica.
Milena comenta que ama se maquiar, mas que no começo precisou de ajuda. "No começo pedia para minha mãe e minhas amigas me maquiarem, mas não ficava do jeito que eu gostava. Então, eu mesma decidi fazer e foi assim que começou", explica.
Segundo a jovem, após a amputação, o talento para fazer maquiagem até melhorou. "Eu precisei aprender tudo de novo e o resultado valeu a pena, hoje me maquio melhor que antes."
Próteses e a adaptação
O responsável por fornecer as próteses, Nelson Nolé, se comoveu com a história da menina e ficou surpreso com o talento dela para se maquiar. "O tempo de adaptação à prótese varia de paciente para paciente. Agora a Milena poderá andar de salto alto pelo fato de usar prótese do pé de salto. Daqui para a frente é vida normal", conta.
A mão biônica que Milena recebeu reproduz até 14 movimentos, como fechar a mão, pinça e apontar os dedos. "No começo é preciso se acostumar, mas depois vira rotina. Uma prótese dura em média de 5 a 10 anos", continua Nelson.
Segundo o empresário, quanto maior for a amputação, maior o grau de dificuldade da pessoa na hora de se adaptar à prótese. "Quando uma perna ou um braço é amputado acima do joelho ou cotovelo, a dificuldade é maior por não ter as articulações, mas com a Milena é diferente. Ela permaneceu com os cotovelos e joelhos, o que tornou o processo mais fácil. A vida não acabou, é uma nova fase."