Conseguir um doador de medula óssea é algo que marca a vida de alguém para sempre. Assim também é a tatuagem. Por isso, o estudante Murillo Serantoni, de 25 anos, de São José do Rio Preto (SP), resolveu unir as duas coisas. Depois de encontrar uma doadora 100% compatível, ele resolveu tatuar a carta que recebeu da mulher. As informações são do G1.
Murillo foi diagnosticado com leucemia em 2010. Sete meses depois, após o fim do tratamento, ele fez o cadastro na fila de espera nacional e internacional para um doador de medula, porque, segundo os médicos, o tipo de leucemia que ele teve poderia voltar e ele poderia precisar de um transplante.
Arquivo Pessoal
“Eu estava fora de risco, mas quando encontraram uma doadora, fiz um exame e constataram blastos na minha medula. Então foi super indicado o transplante, já que era 100% compatível”, diz o estudante.
O transplante, que foi feito em um hospital público de Jaú (SP), foi um sucesso. O que ele não esperava era receber uma carta da doadora.
No texto ela diz que pensou nele e em como ele estava após o transplante. A carta veio sem identificação. “Todos nós aqui em casa nos perguntamos como você se saiu no recebimento da medula e como está hoje em dia. Você estará em nossos pensamentos, mandamos boas energias e desejamos muita força, que você se recupere logo. Com carinho, doadora e família”, diz a carta.
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Cerca de quatro anos se passaram, e o jovem resolveu marcar na pele o acontecimento que mudou a vida dele. Sem traduzir e com a mesma letra da doadora, Murillo tatuou nas costas, em 2017, a carta que recebeu. “Um dia vou poder te mostrar pessoalmente. Minha história devo a você”, escreveu Murillo em um post nas redes sociais.
Para mostrar a tatuagem para doadora, o jovem entrou em contato com o Redome e preencheu um formulário. O mesmo formulário foi enviado para mulher, que também tinha interesse em saber quem era ele. “Eles me mandaram o nome e e-mail dela. Procurei nas redes sociais e não encontrei, então resolvi mandar o e-mail com a foto da tatuagem. o outro dia ela me respondeu. Com certeza ela não esperava”, diz o estudante, que agora espera um dia poder conhecer a doadora.
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