Já ouviu falar sobre kissability? Se não, saiba que é a nova nomenclatura para se falar da habilidade de beijar. No entanto, embora beijar seja algo muito bom, é sempre importante ficar atento a um problema que está cada vez mais comum: o mau hálito.
Ele tem ficado mais evidente com a pandemia, principalmente, porque por trás das máscaras, o mau hálito é percebido com mais facilidade.
No dia 13 de abril, data que se comemora o dia do beijo é uma boa oportunidade para refletir sobre a questão. Engana-se quem pensa que desejo e química são suficientes para garantir aquele beijo inesquecível e com gostinho de quero mais. A boca, os lábios e o sorriso também têm papel ímpar nessa fórmula. E uma boca cheirosa e bonita faz toda a diferença.
Por isso, cuidar da saúde bucal é o primeiro passo para garantir a satisfação desse momento. Caso contrário, essa habilidade em beijar, que leva o nome de kissability, pode ir por água abaixo e por muito pouco.
Pesquisas apontam que a halitose, a nomenclatura formal para o desagradável “bafo”, acomete cerca de 40% da população brasileira de forma crônica. Em 95% dos casos, informa o Jornal da USP, a causa é a falta de higiene bucal.
“Para uma pessoa que tem mau hálito, namorar é quase uma missão impossível porque a hora do beijo exige uma grande aproximação. Além disso, se a pessoa que for receber o beijo sentir o mau hálito, já é um ponto negativo e pode gerar um bloqueio nessa relação”, adverte a dentista Carla Rockenback.
Uso de chiclete não resolve
O mais sério é que, em casos crônicos, mascar um chiclete ou fazer o uso de enxaguante bucal nem faz mais diferença, segundo a odontóloga. Além disso, há casos em que a pessoa já está tão acostumada com o cheiro, que apenas quem está próximo é que percebe o mau hálito.
Ela lembra que a halitose é também causada, além do descuido da higiene oral, pela diminuição na ingestão de água, por problemas gastrointestinais, por medicamentos que diminuem a salivação e ainda pelo fumo.
Para prevenir o problema, é preciso dedicar total atenção à higienização bucal, inclusive da língua, com ao menos três escovações diárias e uso do fio dental. Manter uma rotina de visita ao dentista também é fundamental.
“É importante buscar ajuda. Consultar um dentista e não ter vergonha de expor essa situação para que a gente possa orientar sobre uma higiene caprichada dos dentes e da língua, além de rever essa alimentação”, ressalta Carla.