Apesar de se parecerem muito com os lobisomens, famosos personagens de algumas histórias de terror, esses gatos que vamos mostrar a seguir são inteiramente felinos. As diferenças nas características e a aparência incomum foram pré-catalogadas como uma nova raça pela Associação Internacional de Gatos, em 2014. As informações são do MegaCurioso.
Descritos como inteligentes, leais e protetores, a principal diferença dos gatos-lobisomens está em sua aparência física. Eles possuem uma mutação natural e não crescem pelos na face, formando uma mancha no entorno os olhos, sobre o focinho e também na região do bigode. O contorno na região facial e algumas outras partes do corpo que também ficam sem pelos deixam o gato com uma aparência de lobisomem, que originou o apelido dado à espécie.
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A raça, chamada de Lykoi, é nova no mundo dos felinos, mas esse tipo de gato já era conhecido há mais de 20 anos. O nome Lykoi vem de “lykos”, palavra que significa lobo no idioma grego. Inclusive, a própria figura do lobisomem tem origem na mitologia grega.
Para o gato-lobisomem se tornar uma raça específica, foi um veterinário chamado Johnny Globbe que, acompanhado de sua mulher Brittney, observou a anomalia em uma ninhada de novos gatinhos que nasceram em 2010. Quando vieram ao mundo, eles pareciam do tipo doméstico com pelos curtos, mas as diferenças fizeram Johnny procurar a cientista Leslie Lyons, renomada doutora especializada em felinos. Com testes de DNA, ela confirmou que os gatos não eram da raça Devon Rex, nem da Sphynx (pelado canadense), que seriam as com características mais aproximadas dos Lykoi.
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Não demorou até que Globbe e sua esposa tivessem notícias sobre outras ninhadas de gatos-lobisomens. Brittney, que possui um site especializado na raça, Lykoicats.com, relata na página que, ao encontrar os outros gatos, identificou as mesmas características e teve certeza de que possuíam o mesmo gene dos seus filhotes de Lykoi após alguns testes. O casal então decidiu criar gatos da nova raça, mas procurou tomar alguns cuidados antes da reprodução com a mesma ou com outras raças.
O primeiro ponto que procuraram esclarecer é se realmente a anomalia apresentada pelos gatos era fruto de uma mutação e não de qualquer doença infecciosa ou conflito genético. Após se certificarem de que os pequenos animais eram geneticamente saudáveis, os gatinhos foram submetidos a análises clínicas dermatológicas na Universidade do Tennessee.
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Após examinarem os felinos, os pesquisadores puderam verificar que o segredo dos gatos-lobisomens estava nos folículos. Em alguns gatos, essas estruturas eram incapazes de produzir pelos, enquanto em outros elas não tinham as propriedades necessárias para manter. A constatação dessa característica explicou o fato de os Lykois não possuírem uma segunda camada de pelos e alguns perderem os fios a ponto de ficarem quase inteiramente “carecas”.
Bem, com isso, o casal e os pesquisadores concluíram que a “falha” dos pelos se tratava mesmo apenas de uma mutação genética e que não representava riscos de saúde para essa e outras espécies de gatinhos. Johnny e Brittney Globbe começaram a criar os gatos Lykoi e tiveram a primeira ninhada um ano depois.
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