Milhares de montanhas submarinas desconhecidas foram descobertas por um grupo de pesquisadores do Scripps Institution of Oceanography, na Califórnia, Estados Unidos. Eles criaram um mapa topográfico atualizado do fundo do mar chamado SRTM15 + V2.0.
Utilizando dados de satélite, os cientistas conseguiram captar variações sutis no campo gravitacional da Terra ao redor dos montes submarinos, assim como variação de altura na superfície do mar. Muitos desses montes são remanescentes de vulcões extintos.
O número não é exato, mas o novo mapa pode detalhar entre 5.000 e 10.000 novos montes submarinos, segundo a New Scientist. Espera-se que o mapeamento contribua para a compreensão mais ampla do habitat marinho, um dos menos compreendidos da Terra. Além disso, a equipe, liderada por David Sandwell e Brook Tozer, espera que o mapa possa ser uma ferramenta de auxílio nas previsões sobre mudanças climáticas e fenômenos naturais, como os tsunamis. “Essa falta de conhecimento é lamentável, pois a batimetria (ciência que mensura a profundidade das massas de água para determinar a topografia do seu leito) do fundo do mar é de de extrema importância para compreendermos muitos aspectos da Terra e das ciências biológicas", ressaltam os autores do estudo.
Outro projeto, a iniciativa Seabed 2030 apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU), pretende criar um gráfico de alta resolução do ambiente subaquático, que se compare aos esforços existentes para mapear o restante da Terra.
A equipe por trás do projeto pretende coletar dados de uma ampla gama de países e empresas privadas para criar uma representação do solo oceânico. Segundo a equipe, para isso, eles podem ter de equipar embarcações de pesca e de outros tipos com dispositivos acústicos que captam informações sobre a profundidade da água e enviam de volta para os cientistas. O Seabed 2030, que foi lançado em 2017, deverá custar cerca de US $ 3 bilhões (£ 2,3 bilhões).