Ao longo de todo o mês de dezembro de 2017 a luz do Sol só esteve presente por 6 minutos na cidade de Moscou, quebrando um recorde que já durava 17 anos. Em dezembro de 2000, a capital da Rússia teve apenas três horas de luz natural durante todo o mês de dezembro.
Em média, Moscou registra 18 horas de sol distribuídas ao longo dos 31 dias, o que dá cerca de 30 minutos diários.
“Novembro e dezembro são tradicionalmente os meses com maior número de pacientes com problemas psicológicos”, afirmou ao jornal local Moskovsky Komsomolets o psicólogo Sechenov Sivolap. “Nesses casos, é importante procurar um especialista e não ter medo de tomar antidepressivos.” No escuro, a produção do neurotransmissor serotonina, popularmente associado ao bem-estar e satisfação pessoal, tende a cair.
Segundo o New York Times, a grossa camada de nuvens que envolve a capital russa se deve ao avanço de massas de ar quentes e úmidas oriundas do Atlântico, além da falta de Sol, as temperaturas estão 6ºC mais altas que a média. O verão de 2017 já havia sido mais chuvoso e escuro que o normal, um prenúncio do que estava por vir. Em junho, o número de ligações para uma central de assistência psicológica subiu 14% em relação ao mesmo período do ano interior.