Um motorista de uma empresa de segurança que na terça-feira sumiu com o dinheiro que estava no carro-forte que dirigia, no Paraguai, se entregou à polícia e afirmou que repartiu a maior parte dos fundos entre os pobres.
Carlos González, que falou com várias emissoras de rádio, afirmou que levou "somente" 600 milhões de guaranis (cerca de R$ 298 mil) e não o 1,85 bilhão de guaranis que a empresa Prosegur alega.
O empregado se entregou na delegacia e justificou sua ação pelas condições "desumanas" nas quais, segundo ele, as pessoas da empresa trabalham.
O advogado da Prosegur, José Domingo Almada, afirmou na quinta-feira que no furgão abandonado havia 4,450 bilhões de guaranis (cerca de R$ 2,21 milhões) e pôde ser verificado "que o valor que falta, sem dúvidas, é de 1,85 bilhão" (cerca de R$ 920 mil).
Almada disse que o funcionário usa uma "estratégia defensiva" na qual pretende "ser visto como um Robin Hood moderno" que "em nada o exime" de sua responsabilidade nos delitos de furto agravado e lesão de confiança pelos quais a Prosegur já apresentou uma denúncia.
"Roubei o ladrão", disse González em entrevista à "Rádio Ñandutí", na qual explicou que após fugir com o dinheiro, se dedicou em reparti-lo "entre os pobres", em fardos de 5, 10 ou 15 milhões, em Assunção e localidades vizinhas.
O motorista do Prosegur fugiu com o veículo deixando para trás seus dois companheiros quando desceram para recolher fundos de uma empresa em Assunção, na terça-feira passada.
A empresa espanhola Prosegur iniciou suas atividades no Paraguai em 1980 e teve em 2011 um faturamento de quase 32 milhões de euros (cerca de US$ 39 milhões), o que a situa como a primeira do setor no país sul-americano, segundo dados da companhia.
Com delegações em Assunção, Coronel Oviedo, Concepción, Encarnación e Ciudad del Este, a Prosegur conta no Paraguai com uma pasta de quase quinhentos de clientes, entre empresas e instituições, negócios, comércios e famílias.