Mulher com doença rara está constantemente “prestes a ter orgasmo”

Amanda contou que o desejo exagerado surgiu por volta dos 15 anos

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A norte-americana Amanda McLaughlin, de 23 anos, sofre de uma rara condição que a faz se sentir como se estivesse constantemente prestes a ter um orgasmo. Apesar dos diversos ápices de excitação sexual por dia, a Síndrome da Excitação Persistente, como é chamada a doença, faz com que o portador sinta dor ao invés de prazer. 

"Queria que esse nome fosse diferente. Você diz 'excitação' e soa como uma coisa divertida de se ter. Já ouvi pessoas dizendo 'queria que minha esposa tivesse isso' e pensando que é uma brincadeira", desabafou Amanda, em entrevista ao Daily Mail. 

Amanda contou que o desejo exagerado surgiu por volta de seus 15 anos: "Dos 15 aos 18 anos eu me masturbava constantemente. Muito mais do que uma adolescente normal. Sabia que havia algo errado, eu ficava dizendo para as pessoas 'eu preciso fazer sexo' mas ninguém me escutava", disse. 

Sua mãe, Victoria Enriquez, também não acreditava que a filha tivesse um problema. "Eu ainda me sinto culpada. Minha filha estava me dizendo que estava com dor e os médicos falavam que não havia nada de errado - eu acreditei neles ao invés de acreditar nela". 

Quando ia ao hospital, especialistas diziam que Amanda não tinha problema algum ou que era "viciada em sexo". Apenas em 2013 foi diagnosticada da forma correta. "Eu pesquisei na internet, pois nunca tinha ouvido falar disso. Descobri muitas outras mulheres, e alguns homens, que tem o problema. Eles entendiam o que eu passava". 

Por conta da doença, que ainda não tem um tratamento efetivo, Amanda não pode realizar atividades simples como dirigir ou trabalhar. Além disso, ela é obrigada a ficar constantemente sentada para tentar aliviar as dores na barriga e pernas. 

Como não consegue ter uma "vida normal", Amanda desenvolveu transtorno de ansiedade e depressão - bastante comum a todos os portadores da condição. No entanto, seu noivo, Jojo Feller, tem dado todo o apoio para que Amanda supere a situação. "Relacionamentos são muito difíceis de se manter com esse problema. Mas ele nunca me julgou, nunca fez com que eu me sentisse mal. Foi amor à primeira vista", contou Amanda. 

Jojo e Amanda pretendem se casar em breve. Apesar da doença afetar a vida sexual do casal, ela está tentando pela terceira vez um tratamento alternativo que ajudará a diminuir suas dores.

A síndrome

Síndrome da excitação sexual persistente afeta principalmente mulheres, apesar de haver alguns casos registrados de homens. O doente pode ter inúmeros orgamos por dia, o organismo responde ao menor sinal de estímulo: andar de ônibus,  sentir a vibração do celular, o barulho do secador de cabelo, entre outros. 

Apesar das causas não serem esclarecidas, especialistas notaram um grande aumento no fluxo sanguíneo nos órgãos sexuais - causando a sensação de "excitação constante", mesmo que não esteja pensando ou fazendo nada com conotação sexual. Acredita-se que uma inflamação nos órgãos pélvicos possam causar o estímulo. 

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