Uma engenheira de software de 44 anos foi condenada a 26 semanas de prisão, na Inglaterra, por perseguir colegas casados. Segundo o jornal ?Daily Mail?, Jeevani Wickramaratna inventou falsos casos, publicou mensagens constrangedoras nos perfis de Facebook das vítimas e chegou a dizer que um deles tinha o vírus da AIDS.
Graduada na Universidade de Cambridge, Jeevani alegou que estava sendo assediada pelos colegas de trabalho e enviou e-mails para as mulheres deles, contando falsas histórias. Ela foi condenada por três acusações de perseguição.
Jeevani descrevia a si mesma com uma ?puma?, mulheres que seduzem homens mais jovens. A primeira vítima dela foi Paul Strokes. A engenheira começou a enviar mensagens comprometedoras para ele e disse no Facebook que o colega de trabalho tinha o vírus da AIDS.
- Muitas mensagens eram sexualmente explícitas e causaram grande aflição para ele e para a família. Ela dizia que o estava libertando e que havia contado para a família dela sobre o caso - explicou a promotora Christine Hart.
- As histórias dolorosas que ela inventou, frutos da imaginação conturbada, ficaram mais e mais agressivas e me deixaram preocupado com a segurança da minha família e dos meus filhos - desabafou Paul.
Ele contou ainda que ele ficou tão assustado que sentia a necessidade de revistar a casa todas as noites. A outra vítima de Jeevani, Pir Khan, também era um colega de trabalho. A acusada chegou a denunciá-lo ao chefe por assédio, e os dois acabaram suspensos da empresa.
Depois disso, ela se voltou contra o chefe, Kazeem Benzair. Jeevani enviou diversos e-mails abusivos para ele e a mulher durante a investigação sobre assédio. Mesmo sabendo que a mulher dele estava doente em fase terminal. A perseguição tornou a doença dela ainda pior e prejudicou a empresa do casal.
- Fomos bombardeados por ligações no trabalho e em casa. Tivemos que trocar o número do nosso telefone. Fiquei sem conseguir dormir por semanas - contou Benzair.
Jeevani Wickramaratna foi considerada inocente das três acusações em outubro de 2010. Ela só foi condenada em julgamento seguinte.
- Eles confiaram em você e você abusou da confiança deles. É muito claro que você é absolutamente incapaz de dizer a verdade - disse David Parsons, juiz que cuidou do caso, a ré.