Agafya Lykova, uma eremita que vive em uma das regiões mais remotas da Sibéria há 70 anos, tornou-se mundialmente conhecida como “a mulher mais solitária do mundo” depois que as mídias mundiais revelaram a sua história.Ela é a única sobrevivente de uma família que, em 1936, fugiu para a floresta para escapar da perseguição religiosa de Stalin. Do Mega Curioso.
Recentemente, o jornal The Siberian Times divulgou a informação de que a antiga fazenda da família de Agafya Lykova estava desabando, em uma taiga (floresta de coníferas) nas montanhas Sayan, a centenas de quilômetros da civilização.
Consternado com a situação da velha senhora e preocupado com a expectativa de um inverno de -58 °C, o magnata Oleg Deripaska, CEO de uma empresa de alumínio da Rússia, decidiu financiar a construção de uma nova cabana para Lykova, após tomar conhecimento de um apelo público de ajuda.
A construção da nova moradia deverá ser acelerada nos próximos dias, pois Agafya Lykova recusa-se a mudar para qualquer tipo de vila ou cidade, sendo que a aglomeração urbana mais próxima fica a mais de 240 quilômetros da encosta da montanha que serve de lar à eremita.
Conectada com a Bíblia
Depois da morte de seus familiares no final da década de 1970, Lykova passou a morar sozinha na cabana. Para sobreviver, ela cultiva sua própria safra e cria gado. Seu estilo de vida é o de uma camponesa do século XVIII, e o único tipo de conexão com a civilização é uma Bíblia do tempo em que a família fugiu.
O assentamento isolado onde Lykova vive permaneceu desconhecido das autoridades soviéticas por 40 anos, até que uma expedição de geólogos descobriu acidentalmente a cabana ao fazer um levantamento da montanha.
Algumas visitas ocasionais
Eventualmente, Agafya Lykova recebe alguns visitantes. Por morar perto da Reserva Natural Khakassky, ela recebe visitas de assistentes sociais de duas a três vezes por ano. Em julho passado, a eremita foi notícia nas mídias quando recebeu a visita, não autorizada, e sem máscara, da influencer russa Arina Shumakova.
Muito criticada por visitar uma pessoa tão vulnerável em plena pandemia, a russa se defendeu dizendo que, quando disse a Agafya que queria abraçá-la, mas que o piloto a proibiu, a eremita estendeu os braços e disse: “Ele não está olhando”.