Descoberta Curiosa: Dois anos depois do nascimento do primeiro filho, a inglesa Shannon Webster foi informada de que tinha duas vaginas e dois úteros, sendo essa a justificativa para as menstruações intensas que a obrigavam a usar fraldas geriátricas. Ela tinha 28 anos e havia passado por um aborto espontâneo, quando foi descoberto que ela tinha uma anomalia congênita chamada útero didelfo. O útero didelfo acontece em cerca de 0,03% dos bebês do sexo feminino e é fruto de uma divisão extra da cavidade uterina durante o processo de formação fetal.
Sintomas: No caso de Shannon, a anomalia embrionária resultou em duas vaginas e dois úteros, com cada útero possuindo uma trompa de Falópio e um ovário. Ela apresentava cólicas e fluxo menstrual intensos desde os 14 anos. Depois das primeiras relações sexuais, ela começou a usar fraldas geriátricas para tentar controlar o fluxo, porque os sangramentos sempre vazavam dos absorventes. Engravidou do primeiro filho aos 17 anos e passou por uma cesariana, pois o útero não apresentou dilatação. Na ocasião, entretanto, os médicos não identificaram a condição.
Ultrassonografia: Na segunda gestação, ela enfrentou problemas sérios, sofrendo um aborto espontâneo. E durante a coleta para retirar o feto, os médicos identificaram os dois sistemas reprodutivos separados. “A pessoa que fez minha ultrassonografia disse que eu era especial, mas não fazia ideia sobre o que ela estava falando”, contou Shannon, em entrevista ao jornal inglês The Mirror. “Ela ficou chocada por eu ser mãe e não ter sido informada sobre a divisão”.
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