Carmen Blandin Tarleton teve 80% do corpo queimado e ficou com a face irreconhecível após ser atacada com soda cáustica pelo ex-marido Em 2007, em Vermoint, nos EUA. As informações são da Extra.
Seis anos depois, Carmen passou por um transplante facial. A cirurgia foi feita no Brigham and Woman’s Hospital, em Boston (EUA). O transplante de rosto durou 15 horas e foi realizado por uma equipe com mais de 30 profissionais de saúde. O cirurgião chefe, Bohdan Pomahac, afirmou à época que as queimaduras da paciente eram as piores que ele já tinha visto na carreira. "Carmen é uma lutadora", disse.
A luta vai continuar. Médicos que acompanham a americana descobriram que o novo rosto da paciente está apresentando progressiva perda de tecido, o que levará à necessidade de encontrar um novo rosto para Carmen, segundo reportagem do "Boston Globe".
O rosto de Carmen vem repetidas vezes apresentando inchaço e vermelhidão. Todas as crises foram tratadas com sucesso. Porém, no mês passado, os médicos descobriram que alguns vasos sanguíneos da face se comprimiram ou se fecharam, causando a morte de tecido. Se o ritmo de perda de tecido for lento, a americana poderá aguardar na fila por um novo transplante. O pior cenário, entretanto, com os tecidos morrendo rapidamente, fará com que o rosto da doadora seja removido e a face original seja reconstruída.
Mais de 40 paciente no mundo - incluindo 15 nos EUA - já passaram por transplante de rosto. Nenhum dos pacientes operados nos EUA perdeu a face transplantada. No entanto, no ano passado, um paciente francês sofreu forte rejeição e teve que ser submetido a um segundo transplante. É o que se encaminha para o caso de Carmen, acreditam os médicos, que ainda precisam saber se a paciente terá condições de receber um segundo rosto.
Os médicos que cuidam de Carmen afirmam que a maior parte dos órgãos transplantados tem tempo de vida limitado e que o transplante facial ainda é um procedimento experimental.
"Há muitas coisas que desconhecemos e novas coisas que estamos descobrindo. Não é nada realista que esperemos que as faces durem toda a vida dos pacientes", disse o diretor de transplantes do Brigham and Woman’s Hospital.