Com séculos de saques e pilhagens nas antigas necrópoles que se espalham pelo Egito, não é todos os dias que os arqueólogos se deparam com múmias “inteirinhas” e em bom estado de preservação. No entanto, foi isso o que os oficiais do Ministério de Antiguidade anunciaram nesta semana: a descoberta de um sarcófago contendo o corpo mumificado de uma mulher datado em 3 mil anos.
De acordo com o que foi divulgado, o sarcófago foi encontrado por uma equipe liderada por arqueólogos franceses na necrópole de Al-Assasif, situada em Luxor, na margem oeste do Nilo. A múmia, segundo os pesquisadores, é de uma mulher chamada Thuya, figura que viveu durante a 18ª Dinastia — período que se estendeu de 1550 a.C. e 1295 a.C. e que reuniu monarcas como Tutancâmon e Ramsés II.
Segundo os arqueólogos, Al-Assasif se encontra em Luxor, entre o Vale dos Reis e o Vale das Rainhas, e era o local de sepultamento de altos funcionários e nobres próximos dos faraós.
Mas o sarcófago de Thuya não foi o único artefato encontrado na necrópole! Na realidade, os arqueólogos encontraram duas tumbas no lugar, contendo outro sarcófago — da 17ª Dinastia —, algumas múmias, esqueletos e cadáveres ainda não identificados, e cerca de mil estatuetas funerárias conhecidas como ushabtis feitas em madeira, argila e faiança (um tipo de louça).
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Os pesquisadores acreditam que as tumbas são de quase 4 mil anos atrás e pertenciam a um homem chamado Thaw-Irkhet-If, que seria o supervisor das mumificações que eram realizadas no Templo de Mut, em Karnak, ou seja, uma figura pra lá de importante para a sociedade do Antigo Egito. Entretanto, apesar de originalmente ser do período do Império Médio, as tumbas seguiram em uso durante séculos e continuaram recebendo novos ocupantes — como foi o caso de Thuya.