No Japão, 90% das pessoas que são adotadas não são crianças, mas adultos com vinte e poucos anos de idade! Isso mesmo, indivíduos maiores de idade — e vacinados — que se tornam filhos de outra pessoa legalmente. Contudo, essa maluquice tem uma lógica, que você vai entender a seguir.
Pesquisas revelaram que no Japão os herdeiros de negócios familiares não costumam ser bons administradores e que, por outro lado, quando indivíduos talentosos de fora assumem o controle, os empreendimentos se tornam mais rentáveis. No entanto, de acordo com a cultura japonesa, é muito importante que os negócios sejam herdados pelos filhos, e a adoção foi um “jeitinho” encontrado para contornar essa situação.
Para solucionar o problema de nomear um herdeiro conveniente para assumir os negócios familiares, os empresários japoneses passaram a adotar rapazes entre as idades de 25 e 30 anos. Afinal, quando se acolhe uma criança, não há como prever que carreira ela vai escolher seguir no futuro, não é mesmo? Assim, 90% das pessoas adotadas no país são jovens adultos.
E a prática se tornou bem popular, pois, do total de adoções que ocorreram no ano de 2004, por exemplo, 98% envolveram rapazes por volta dos 20 anos. Sim, tem mais essa! Como a sociedade japonesa é patriarcal, as moças normalmente não têm as mesmas oportunidades. E mais: além de serem adotados, é altamente desejável que esses rapazes se casem com as filhas de suas novas famílias.
Aliás, não é raro que, quando as famílias encontram um candidato a filho adotivo, esse rapaz seja apresentado às filhas, com a intenção de que os jovens decidam ficar juntos. Desta forma, além de filhos, os adotados se tornam genros também! Uma bagunça...
Legalmente falando, no Japão é necessário que o “padrasto” seja apenas um dia mais velho do que o aspirante a filho, e se o candidato já for casado, não tem problema! Adota-se a esposa também. Outra peculiaridade é que rapazes interessados em seguir esse tipo de “carreira” podem buscar filhas de homens de negócios que procuram maridos em agências especializadas. Já pensou?