O que é a Microfisioterapia, o tratamento mais falado do momento

A causa primária dessas dores, na maioria das vezes, está conectada a traumas vivenciados

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A Microfisioterapia está em alta entre os tratamentos para dores e doenças crônicas. O motivo? A causa primária dessas dores, na maioria das vezes, está conectada a traumas vivenciados e "guardados" pelo corpo. Conhecer essas conexões ajuda a criar um tratamento mais eficaz e personalizado.

Segundo o fisioterapeuta Sérgio Bastos Jr, que trabalha com Saúde Integrativa e é um dos primeiros a trabalhar com Microfisioterapia no Brasil, a técnica é especial para identificar e tratar a causa primária de dores e doenças que insistem em voltar: “na maioria das vezes, a recidiva de uma dor ou mesmo de uma doença indica que há, ali, uma causa mais profunda, na maioria das vezes, ligada a uma memória emocional ou traumática”, explica Sérgio, que aprendeu, junto com a esposa , a também fisioterapeuta Frésia Sá, a Microfisioterapia com os criadores da técnica, os franceses Patrice Benini e Daniel Grosjean, e que ajuda, hoje, nos cursos que Benini oferece aqui no Brasil.

Segundo eles, a Microfisioterapia é uma especialidade da Fisioterapia, que investiga e identifica tecidos que perderam sua função e vitalidade normal após eventos agressores ao organismo. Com uma palpação suave, em locais previamente mapeados, o fisioterapeuta consegue perceber se há traumas “gravados” nos tecidos. Sérgio explica: “é uma reação sutil, mas é possível perceber se há enrijecimento ou se a resposta do corpo é diferente naquela região. E é possível inclusive, saber o tipo de trauma e a época em que aconteceu”, revela.

Na mesma sessão, os toques suaves, que são realizados com o paciente vestido, deitado e relaxado, emite sinais ao corpo, permitindo que ele mesmo elimine as células em que as memórias traumáticas estão gravadas. Por isso, o intervalo entre as sessões de Microfisioterapia são mais longos do que os de uma fisioterapia clássica, que geralmente acontece de forma semanal: no tratamento integrativo, são feitos menos sessões, com espaço de 30 dias, no mínimo, entre cada uma.

Nesse tempo entre as sessões, só é orientado que o paciente se hidrate e que perceba se houve mudanças de reação e comportamento ante as dificuldades que foram apresentadas na consulta. “Muitas vezes, uma única vez já promove várias mudanças”, revela Sérgio, “mas elas podem ser, também, muito sutis, porque estão mais no campo das emoções. Por isso, orientamos a observação”.

Na maioria das vezes, o tratamento é curto e são necessários poucos encontros para que se atinja o bem-estar desejado. Sérgio revela: “já atendemos pacientes que não conseguiam dormir, ou que tinha ansiedade ou enxaqueca em graus altos e que havia tentado outros tratamentos. E que simplesmente não sofreram mais desses problemas depois da primeira sessão do tratamento”.

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