Parecidos! Saiba como diferenciar os sinais da preguiça e da depressão

“Moleza” em excesso pode causar dano à vida social, à autoestima e ao trabalho.

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Em um dia chuvoso, quem nunca sentiu falta de ânimo para sair das cobertas? Depois de uma série de reveses profissionais, como manter o entusiasmo no trabalho? Ao longo da vida, passamos por diversos episódios nos quais a preguiça e a depressão parecem se confundir. As informações são do Catraca Livre.

“A depressão é uma doença mental crônica, incapacitante, que varia de intensidade, podendo ser leve, moderada ou grave”, conta a psicóloga Marilene Kehdi. “A preguiça surge por vários motivos, entre eles, pelo fato de a pessoa estar cansada porque dormiu tarde ou porque está com muitas tarefas para fazer no mesmo dia.”

No mundo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades enfrentam a depressão –doença que é considerada a causa principal de afastamentos do trabalho.

Ainda de acordo com a OMS, cerca de 800 mil pessoas cometem suicídio todos os anos. “A depressão necessita de tratamento médico”, alerta a psicóloga.

Kehdi, especialista em atendimento clínico, explica que nem sempre a depressão se manifesta igualmente em todos. “Pode acontecer também de a pessoa com depressão apresentar muita ansiedade, inquietação, agitação ou ficar muito catastrófica.” Multifatorial, a depressão também pode ter causas físicas, como carga genética e desequilíbrio na produção de neurotransmissores, podendo estar associada a outras comorbidades.

Algumas das características da depressão são:

– Tristeza permanente por, pelo menos, dois meses seguidos

– Sensação profunda de vazio

– Falta de motivação crônica

– Apatia

– Irritabilidade

– Isolamento

– Excesso de sono

– Ganho ou perda de peso

– Sem vontade de viver

“Algumas pessoas, por falta de conhecimento, acabam interpretando a falta de energia, o excesso de sono e a falta de motivação, que ocorrem num quadro depressivo, como sendo preguiça. Confundem e não validam a depressão que a pessoa está sentindo.”

Apesar de o ócio ser considerado um fator importante para a saúde mental e para o cultivo da criatividade, até mesmo a preguiça em excesso pode comprometer a vida social, a autoestima e o trabalho.

“Nesses casos, a psicoterapia ajuda muito no autoconhecimento e na mudança de padrões de pensamentos, comportamentos e crenças sobre nós mesmos”, pontua Kehdi. Postergar constantemente as tarefas ou não ter entusiasmo para realizar afazeres diários pode ser sintoma de outras doenças que necessitam de ajuda médica, como, por exemplo, hipotireoidismo, anemia e distúrbios do sono.

“É fundamental buscar ajuda especializada quando uma pessoa perde a motivação e se torna apática, a ponto de afetar todas as áreas de sua vida”, conclui Kehdi.

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