Passadas as festas de final de ano, chegou o momento de se programar financeiramente para os próximos 365 dias. Com as contas do começo do ano, como IPTU, IPVA, material escolar e até mesmo remanescentes de despesas realizadas em dezembro, sempre há aquela dúvida de por onde começar a pagar.
De acordo com recente pesquisa realizada pela Serasa, o desemprego é, hoje, a maior causa de dívidas dos brasileiros, já que três em cada dez inadimplentes estão sem trabalho.
Veja seis dicas dos especialistas para organizar a vida financeira em 2022 e passar de devedor a investidor:
Entenda suas finanças
O primeiro passo é colocar no papel com o que se gastará ao longo dos meses: os gastos fixos (aluguel, TV a cabo, mensalidades escolares) e os variáveis, que dependem do consumo (energia, internet, cartão de crédito), além das dívidas que faltam ser quitadas – neste caso, o melhor é contactar os credores e negociar prazos e valores, traçar uma estratégia para quitação que seja boa para ambas as partes. Não esqueça também de listar todas as entradas de dinheiro, ainda que sejam únicas e pareçam pequenas;
Crie uma planilha
A planilha ainda é a melhor forma de organização. Coloque todos os valores dos gastos, ganhos e dívidas. Quem não quiser ficar andando com anotações em cadernos, há planilhas de controle financeiro disponíveis na internet e outras mais simples nos próprios smartphones. “A planilha te fará perceber o que pode ou não ser economizado, por isso é importante registrar tudo. Uma dica é guardar todos os comprovantes até que se tenha anotado tudo”, destaca Renato Negrão, head de produtos digitais;
Resolva as pendências
Após ter o panorama de todo o dinheiro, faça o possível para quitar as dívidas o quanto antes, preferencialmente à vista, pois costuma haver descontos. “O que não for possível quitar, negocie, parcele e não esqueça de incluir na planilha essa despesa fixa durante os meses do parcelamento”, acrescenta Negrão;
Reduza as despesas
Comparando os gastos de cada mês, pode-se ver exatamente o que aumentou ou diminuiu de um mês para outro. Sempre é possível economizar um pouco mais, revisando despesas do dia a dia, buscando alternativas de lazer e aproveitando promoções. Alguns lugares costumam ser mais baratos em dias específicos da semana, por exemplo. Vale também visitar diferentes mercados em busca de preços mais “em conta”. E o essencial é não gastar mais do que se ganha;
Crie sua reserva
Para não precisar pedir dinheiro emprestado ou entrar em uma bola de neve de dívidas, é indispensável criar uma reserva de emergência. Ela te dará segurança para aqueles gastos inesperados. Uma das formas recomendadas é economizar o suficiente para cobrir as despesas mensais por pelo menos seis meses. “Não é vantajoso que a reserva fique na conta corrente. O indicado é colocar esse dinheiro em uma aplicação que tenha, ao mesmo tempo, rendimentos e liquidez diária, ou seja, que permita acessar o valor sempre que precisar”, explica Negrão.
Comece a investir
Com tudo organizado, agora é momento de variar a carteira de investimentos para obter maior rendimento, sem precisar sair de casa. Há diferentes opções de produtos para renda fixa com diferentes prazos, como Certificado de Depósito Bancário (CDB) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI), ambos com investimento mínimo de R$ 50 e protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). É importante conhecer o próprio perfil de investidor. “Isso irá te nortear sobre até onde você está seguro para ir e qual o melhor modelo de aplicação para você”, finaliza Renato Negrão.