Um estudo publicado por pesquisadores italianos e norte-americanos mostrou que desejos se tornam realidade. Ao analisarem cerca de 21 mil pessoas, eles comprovaram que consumidores moderados de vinho têm melhores condições de saúde e menos chances de precisar de cuidados médicos.
O hábito, quando combinado com uma dieta mediterrânea tradicional, apontou melhoras de saúde nos voluntários analisados. Já quem se absteve do consumo de álcool mostrou 11% a mais de probabilidade de precisar ir ao hospital ou consultar um médico. Esse número foi observado ao longo de 6 anos de pesquisa, que analisou também 13 mil internações hospitalares.
Apesar de outras pesquisas já apontarem que o consumo moderado de vinho tinto é benéfico para o funcionamento do coração, os cientistas reforçaram que a ideia de fato não é estimular o consumo, principalmente para quem não bebe. O doutor Ken Mukamal, da Escola de Medicina de Harvard afirmou: "Não estamos dizendo que qualquer abstêmio deveria começar a beber para melhorar sua saúde".
Uma das autoras do estudo, Simona Costanzo, do Instituto Neurológico do Mediterrâneo, disse: "observamos que um consumo pesado de álcool está associado a uma maior probabilidade de hospitalização, especialmente para câncer e doenças relacionadas ao álcool. Isso confirma o efeito nocivo do consumo excessivo na saúde. Por outro lado, aqueles que bebem com moderação apresentam um risco menor de hospitalização por todas as causas e doenças cardiovasculares em comparação aos abstêmios e ex-bebedores". O estudo foi publicado no periódico Addiction.