Piscina natural nunca tocada pelo homem é descoberta

O local foi encontrado a cerca de 200 metros de profundidade durante uma expedição pelas chamadas cavernas virgens do Carlsbad Caverns National Park

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Aventureiros que faziam uma expedição pelas chamadas cavernas "virgens" - locais nunca explorados antes - do Parque Nacional das Cavernas de Carlsbad, no Novo México, descobriram uma piscina natural digna de filmes de fantasia. Acreditasse que a isolada 'poça', cheia de um líquido que parece ser tudo, menos água, nunca tenha sido vista por humanos antes.

A página oficial de Carlsbad Caves no Facebook publicou a notícia demoninando a área como um local "completamente intocado", além de explicar que a tonalidade do liquido pode ter sido causado por bactérias que "evoluíram inteiramente sem a presença humana". A foto usada para ilustrar as informações mostra a piscina cercada por rochas brancas fosca: "Essa piscina está isolada há centenas de milhares de anos e nunca havia visto luz antes daquele dia", comentou Rodney Horrocks, chefe de recursos naturais e culturais do Carlsbad Caverns National Park.

Divulgação

O local mágico foi encontrado a 200 metros abaixo da entrada da Caverna Lechuguilla, uma das cavernas mais longas do mundo, no interior da reserva, que cobre 46.766 acres. Em entrevista para o McClatchy News, o geocientista Max Wisshak, que liderou a expedição, disse que a cor da água é uma ilusão de ótica, pois ela é realmente "cristalina".

"Tais piscinas intocadas são cientificamente importantes porque as amostras de água são relativamente livres de contaminantes e os organismos microbianos que podem viver nessas piscinas são apenas os que pertencem a ela", explicou Wisshak.

Segundo Horrocks, os microbiologistas encontraram novas espécies de micróbios ao coletar amostras na caverna de Lechuguilla, e a descoberta mais recente pode trazer mais surpresas.A piscina, com cerca de um pé de largura, dois metros de comprimento e "vários centímetros de profundidade", pode ter tido como fonte de água a chuva que penetrava o calcário sobreposto e que depois escorria ou deslizava pelas paredes da caverna para dentro da piscina. A idade de formação do local ainda não é certa, porém ela ainda está em 'construção', assim como explicou Horrocks: "A camada superior data deste ano e as abaixo são mais antigas. Essas formações geralmente crescem e param de crescer por períodos variados, de modo que as camadas na parte inferior podem ser muito antigas ”.

Já Wisshak está publicando pesquisas sobre os cristais de barita exclusivos na caverna de Lechuguilla. Ele também solicitou financiamento para retornar ao local para um estudo mais amplo dos cristais. Tanto a piscina quanto a passagem da caverna contêm barita, que raramente é encontrada em cavernas e que precisa ser investigada cientificamente. A exploração da caverna, que incluiu "numerosas quedas de corda", mapeou 2,1 km de passagens durante a expedição de outubro. Nenhum sinal de vida "visível a olho nu" foi encontrado nas novas passagens, no entanto, esqueletos de morcegos, com milhares de anos, foram descobertos em alguns lugares da caverna.

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