Uma empresa de informática disse ter provado que o método mais rápido transmitir informações na África do Sul usa um pombo-correio em vez de usar o principal provedor de acesso à internet do país, denominado Telekom.
O pombo Winston levou um cartão de memória de 4 Gbytes amarrado em uma das pernas no trajeto de cerca de 80 km, entre um escritório da empresa Unlimited IT na cidade de Howick e outro na cidade costeira de Durban.
Segundo a Unlimited IT, levou 1h08 para que a ave chegasse ao destino e mais uma hora para que o conteúdo do cartão fosse colocado em um computador. Durante o mesmo período, a empresa disse que enviou de um computador no primeiro escritório a outro no segundo os mesmos dados e apenas 4% deles haviam sido baixados no destino nesse tempo --mesmo com o uso da banda larga.
A ideia da prova apareceu quando um funcionário da Unlimited IT, que reclamou da baixa velocidade na transmissão de dados por ADSL.
A prova empolgou alguns sul-africanos --centenas deles acompanharam os lances da corrida na internet em redes sociais como o Facebook e o Twitter.
Culpa da empresa?
A Telekom disse que não é responsável pela velocidade baixa da internet usada na empresa.
"No passado, várias recomendações foram feitas ao cliente (Unlimited IT) mas nenhuma delas, até agora, foi aceita", disse Troy Hector, da Telekom, por e-mail, à agência de notícias da África do Sul, Sapa.
O correspondente da BBC no país Andrew Harding disse que a "corrida" foi uma jogada publicitária criativa da Unlimited, mas o resultado dá alguma indicação sobre o estado da banda larga no país e no continente africano como um todo.
Há expectativa de que a velocidade da internet na África melhore em breve, com a chegada de uma nova ligação por fibra ótica ligando o sul e o leste do continente, acrescentou Harding.
Segundo o repórter, Winston pode ter sido vitorioso nesta corrida, mas os provedores de internet já estão desafiando o pombo para uma revanche.