Que tal passar o seu dia assistindo a séries ou filmes, lendo livros, passeando ou apenas dormindo? E recebendo um salário de o equivalente a R$ 9 mil. Não para por aí: o felizardo terá plano de aposentadoria, terá reajustes anuais e direito a férias, como qualquer trabalhador.
Por trás da inusitada oferta está um projeto artístico dos responsáveis pela construção da estação ferroviária de Korsvägen, em Gotemburgo (Suécia). Não há qualquer exigência para quem deseja se candidatar ao trabalho. Barreira de língua não é problema.
As inscrições para o projeto "Emprego Eterno" estão abertas até 2025, quando a estação deverá ser concluída. Na prática, existe uma única exigência. Aliás, duas. O contratado terá que ir duas vezes à estação. Uma no início da manhã para acender a luz. A outra, no fim do dia, para apagar.
No resto do tempo, o contratado poderá fazer o que desejar, sem se reportar a ninguém.
De onde virá o dinheiro? De Simon Goldin e Jakob Senneby, artistas suecos que ganharam cerca de R$ 3 milhões para conduzir o projeto artístico da estação. Todo o valor será revertido para o empregado selecionado.
Mas por quê? O "Emprego Eterno" é uma crítica à automação que está ameaçando um grande número de empregos mundo afora. Goldin e Senneby temem que mesmo a arte esteja se tornando obsoleta com o avanço da tecnologia. Para isso, estão usando o dinheiro da arte para sustentar um emprego inútil e totalmente improdutivo.