O inimigo é passivo, silencioso e quieto, mas tem incomodado bastante. É cada vez mais ruidoso o manifesto de prostitutas contra bordéis que "contratam" bonecas hiper-realistas como "funcionárias". A novidade sexual surgiu na Europa e já chegou aos EUA.
E é exatamente na terra do Tio Sam que as profissionais - humanas - do sexo têm protestado com mais veemência. A questão não á apenas reserva de mercado ou corporativismo. A discussão se tornou mais profunda. Para muitas, o uso das bonecas em casas de prostituição "incentiva o desrespeito às mulheres".
"É desumano", desabafou Alissa, que trabalha no famoso Sheri's Ranch, em Nevada (EUA). "Profissionais do sexo oferecem mais do que simulação de uma mulher. Oferecemos intimidade autêntica e afeição que os nossos clientes anseiam e tiram proveito dela", acrescentou a prostituta.
"A ideia de que as mulheres deveriam ser como bonecas - passivas e letárgicas durante o sexo - é bem perigosa", opinou Roxanne Price, que também trabalha no Sheri's Ranch. "Os bordéis estão incentivando a ideia de que as mulheres não passam de mero objeto", acrescentou.
Outras citam que as bonecas encorajam as fantasias envolvendo estupro.
O tema é mais amplo. Especialistas acreditam que a disseminação do uso de bonecas sexuais vai pôr em risco à existência dos japoneses nos próximos séculos.