Que os drones vêm ganhando espaço e sendo usados para cada vez mais tarefas não é nenhuma novidade. Mas nunca um desses equipamentos havia sido empregado para o transporte de órgãos humanos para transplante! Porém, foi isso o que aconteceu recentemente nos EUA, quando um rim foi levado de um hospital a outro para ser transplantado em uma paciente com falência renal. As informações são do MegaCurioso.
Segundo a Ben Taub, do site IFLScience!, o percurso não foi muito longo – o rim foi levado de um hospital até o Centro Médico da Universidade de Maryland, cobrindo uma distância de pouco menos de 5 quilômetros –, mas foi um teste bastante importante. Isso porque o drone que transportou o órgão foi desenvolvido especificamente para esse fim e tem como objetivo permitir que tecidos humanos sejam levados de um ponto a outro da forma mais segura e rápida possível.
Como você deve saber, os órgãos doados para transplante têm um “prazo de validade” bastante curto, isto é, dependendo do período de tempo transcorrido entre a remoção do tecido do doador e a cirurgia do receptor, eles podem não ser mais viáveis. No caso de pulmões e coração, por exemplo, o intervalo é de apenas 4 a 6 horas, mais ou menos, e, hoje em dia, o transporte normalmente é feito por automóveis ou aviões, o que significa que podem ocorrer inúmeros imprevistos e atrasos que podem impedir que o transplante ocorra.
Segundo Ben, é aí que entra o drone. O equipamento conta com 8 rotores, que conferem a ele bastante estabilidade, e possui um sistema de monitoramento – que inclui leituras de temperatura, pressão barométrica, altitude e vibração – que garante que o órgão chegue em perfeitas condições ao seu destino.
Além disso, o drone recebeu propulsores, motores, baterias e placa de distribuição de energia sobressalentes para se alguma peça sofra pane, teve um paraquedas e dispositivo de recuperação para preservar o órgão em caso de quedas.
O trajeto pode ser rastreado em tempo real e todas as informações relacionadas com o transporte podem ser acompanhadas pelos médicos através do celular.
No caso do teste, o drone percorreu um caminho situado em uma área urbana densamente povoada em menos de 10 minutos, o que significa que a nova tecnologia poderá ser empregada para expandir o acesso a transplantes e salvar vidas em breve. Bacana, né?