Muitas pessoas já devem ter ouvido falar da caixa preta em caso de acidente com aviões. Mas não é do conhecimento geral como ela funciona de fato.
Necessidade de gravação
De forma geral, uma caixa preta funciona tendo como base dois mecanismos de gravação: o primeiro chama-se Cockpit Voice Recorder (CVR), que grava somente o áudio na aeronave através, geralmente, de três microfones: ou seja, o do comandante, copiloto e um localizado no painel na parte de cima da cabine, que capta o som ambiente do local.
Mas tem outro sistema chamado de Flight Data Recorder (FDR), que registra parâmetros como velocidade do avião, seja ela em relação ao vento ou ainda ao solo, bem como as posições em que as alavancas que controlam as turbinas, também chamadas de manetes, foram colocadas, momentos em que botões foram acionados e alguns outros dados.
Tais sistemas ficam juntos nas caixas pretas mais modernas, sendo que ainda é possível encontrar aviões que têm CVR e o FDR em caixas separadas.
É preciso ressaltar também que esses sistemas são, de fato, duradouros para poder permitir a sobrevivência desses dados na maior parte das situações. Tanto que o preço de um mecanismos desses pode ser avaliado entre US$ 10 mil e US$ 15 mil.
Agora vem um fato curioso. Conhecida normalmente como caixa preta, mas na verdade tem essa cor. Ela é substituída por um tom mais chamativo e assim facilitar sua localização em caso de acidentes, sendo na maioria das vezes de cor laranja.
Sabe-se que a origem desse nome pode ter duas explicações: uma delas é de que os primeiros gravadores de aviões que foram criados na década de 1940 eram mesmo cobertos por uma tampa preta. Já a outra data da Segunda Guerra Mundial em que os dispositivos eletrônicos usados pelos aviadores da Força Aérea Britânica receberam o nome de black boxes, já que aparecem em caixas com tons mais escuras.