O relatório anual sobre resistência antimicrobiana, desenvolvido em Inglaterra, veio alertar para o facto de existirem riscos associados ao consumo de carne crua ou mal passada, ou seja, a ingestão deste alimento (mal cozinhado), pode provocar infeções difíceis de tratar, avança a BBC.
Isto acontece por duas razões: a primeira é porque a dependência de antibióticos, em qualquer animal, pode levar a que as bactérias fortes fiquem resistentes e prosperem. A segunda é porque as bactérias estão em constante evolução e, como tal, desenvolvem ‘estratégias’ de como evitar as drogas administradas na agricultura e pecuária, nomeadamente, nas carnes animais para consumo dos humanos.
Existem alguns casos de intoxicação alimentar que, embora sejam desagradáveis, não precisam de tratamento médico. Mas, por outro lado, existem alguns casos em que é necessário a administração de antibióticos. Se a bactéria presente na carne infetada (que foi ingerida) for resistente ao antibiótico, então é muito difícil tratar a infeção.
O caminho mais seguro para evitar correr estes riscos é cozinhar bem qualquer tipo de carne, isto é, se for fritar, grelhar, estufar ou assar, nunca se esqueça que a ‘regra’ principal é segregar todo e qualquer suco da carne. Isto mata todas as bactérias que possam estar presentes.
Outra das dicas é armazenar a carne crua em separado (não juntar várias porções), utilizar diferentes utensílios: os pratos e tábuas de cortar devem ser utilizados para alimentos crus e cozidos, isto para evitar a contaminação cruzada.