Como todo mundo sabe, o ouro é um dos minerais mais preciosos do planeta, e também um dos mais caros. A mineração de ouro é dos negócios mais lucrativos do mundo. Por isso, as fontes de ouro do planeta são muito valiosas. E isso que torna as terras na África do Sul tão importantes. Já que mutias delas guardam uma enorme quantidade de ouro. Sua fonte mais rica, contém cerca de 40% de todo o ouro extraído até hoje na Terra. E além de ser uma grande fonte de mineiro, os cientistas descobriram ainda que o ouro de Witwatersrand tem cerca de 3 bilhões de anos. Isso faz dele ainda mais velho do que a rocha conglomerada, ao redor de um quarto de bilhão de anos. Com infromações do Fatos Desconhecidos.
Uma equipe de geólogos da Universidade do Arizona ainda descobriu que os valiosos depósitos de ouro de Witwatersrand se formaram junto com a rocha crustal, diretamente do manto sob a África do Sul. Um evento dessa magnitude parece ser único e especial, em toda a história geológica do nosso planeta.
Depósitos de ouro
Os imensos depósitos de ouro da Bacia de Witwatersrand, na África do Sul, são por um deslizamento de terra. E acabou por ser o maior distrito produtor de ouro do mundo. Para se ter uma ideia, ao longo de um século de mineração na região, foram produzidas cerca de 2 bilhões de onças de ouro. E eles ainda contam com reservas estimadas em cerca de 1.161 bilhões de onças, isso é o equivalente a 36 mil toneladas de ouro. Dá para imaginar isso?
No entanto, a produção não é nada fácil, muito pelo contrário. Os eixos abaixam cerca de 3.900 metros abaixo da superfície, onde as temperaturas chegam até a 60° Celsius. Sem contar as quedas de rochas quase sempre mortais que são muito comuns nesse tipo de mina. Mas mesmo assim, Witwatersrand ainda fornece matéria-prima para algumas das maiores empresas do ramo do mundo, incluindo a Harmony Sibanye, Goldfields e AngloGold-Ashanti.
Formação de Witwatersrand
Observando as camadas de rocha sedimentar de Witwatersrand mostram que ali já foi um mar raso no passado. Esse mar foi formado aproximadamente há 3 bilhões de anos atrás. Bem depois de uma colisão entre as crateras do Zimbábue e Kaapvaal.
Os antigos sistemas fluviais que alimentavam a Bacia de Witwatersrand depositaram camadas de seixos de quartzo, arenitos e folhelhos ao longo do rio. Esses conglomerados são ricos em seixos de pirita e uraninita, que sugerem uma atmosfera anóxica. O enchimento da bacia resultou em mais de 11 quilômetros de rochas sedimentares e também algumas rochas vulcânicas. Depois disso, a bacia foi sobreposta de supergrupos, ventersdorp e transvaal (grupos de minas), que enterraram todo o ouro sob 23 quilômetros de sedimentos e rochas vulcânicas. Isso tudo resultado em 40% de todo o ouro existem no planeta Terra.
Depósitos parecidos com o da Bacia de Witwatersrand foram encontrados também em outras regiões do planeta. Como por exemplo, os Tarkwa Gold Fields em Gana, na África e o Jacobina Gold Deposit no Brasil. Mas nenhum deles chega nem perto do tamanho de Witwatersrand, nem em espaço, muito menos em quantidade de ouro.