Uma vida humana pode parecer longa em comparação com outras espécies à nossa volta, mas é um tempo bem insignificante em relação à Terra ou ao nosso Sistema Solar. Até por isso, a sensação de que estamos seguros aqui é bem forte, mas não dá para ignorar que nosso lugar no universo também tem vida útil.
Já é conhecimento comum que um dia o nosso Sol, como qualquer outra estrela, vai morrer. Quando esse momento estiver perto de acontecer, ele ejetará boa parte de sua massa e ficará bem menor. No fim, restará apenas o seu núcleo exposto perdendo calor até se tornar algo parecido com uma pedra fria e sem vida.
Para chegar neste estágio final, ainda levará trilhões de anos, mas as etapas iniciais começarão muito antes. O Sol começará a morrer em aproximadamente 5 bilhões de anos e seu inchaço e ejeção de massa levará Mercúrio, Vênus e a Terra junto com ele.
Com isso, ele terá só 54% de sua massa atual e perderá boa parte de controle gravitacional sob os planetas restantes. Com o Sistema Solar no centro galáctico, outras estrelas se aproximarão e atrapalharão a órbita dos planetas restantes pelo menos uma vez a cada 23 bilhões de anos.
Considerando todos os fatores acima, esses pequenos encontros se tornaram mais influentes no nosso Sistema. Depois de algum tempo, isso vai desestabilizar de vez os outros planetas que vão sair da órbita do Sol moribundo aos poucos, um ciclo que se completará em 100 bilhões de anos.
Embora pareça muito tempo para nós, esses eventos vão acontecer bem mais cedo do que se imaginava décadas atrás. É claro que agora é possível prever tudo isso com mais exatidão, mas é perturbador pensar que tudo acabará assim.
Pelo menos o nosso planeta e Sistema Solar ainda tem alguns bilhões de anos de vida restante. O jeito é aproveitar até lá.