Uma nova descoberta sobre os eventos da Segunda Guerra Mundial indica que tropas alemãs não estavam interessadas apenas em torturar e escravizar judeus, mas também estavam de olho em seus itens pessoais e em algumas ferramentas de prata fabricadas em suas terras. A sugestão surgiu logo após a identificação de um antigo baú nazista enterrado no forte de Nowy Sacz e aponta mais um registro histórico do período do Holocausto que conta novos detalhes importantes sobre a época.
De acordo com o Mega Curioso, o tesouro foi identificado por Stanislaw Pustulka, escavador da da Associação Histórica e Exploratória de Nowy Sacz, enquanto estava realizando um trabalho de exploração na antiga propriedade polonesa ocupada por alemães. Segundo o pesquisador, o baú encontrava-se bastante desgastado e em um estado de deterioração avançado, porém os mais de 100 itens que estavam guardados em seu interior possuíam um bom estado de preservação, facilitando seu reconhecimento.
Entre uma grande quantidade de prata, o arqueólogo local, Bartlomiej Urbansk, começou a investigar a procedência do material armazenado, datado da "virada do século 19 ou 20" e relacionado à cultura judaica. Acreditando ter sido roubado pelas tropas nazistas durante a guerra, também leva em consideração a possibilidade das ferramentas terem feito parte do próprio castelo e terem sido tomadas juntamente com a própria fortificação.
Outra possibilidade para o armazenamento das taças, utensílios domésticos e ferramentas de alimentação é a apreensão por parte do exército alemão, já que muitos judeus passavam a esconder itens em suas celas e em pontos isolados dos campos de concentração para planejar fugas. Dessa forma, alguns podem ter sido flagrados pelos captores e o material consequentemente recuperado.
O Castelo Real de Nowy Sacz
Construído por Casimiro III, o Grande, em meados do século 14, o Castelo Real de Nowy Sacz era uma das fortificações mais importantes do medievalismo polonês, representando o reinado local. Elevado sob uma arquitetura gótica, a edificação foi demolida em 1645 por um dilúvio e pelo ataque do exército sueco, anos após ter sido reconstruída por Maciej Trapola, um famoso arquiteto italiano.
Já em ruínas, a estrutura cedeu quase completamente séculos depois, em 1945, servindo para ocupação dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial e comportando enormes estoques de munição, assim como sendo utilizado para executar judeus de cidades vizinhas.