Neste ano de pandemia, alguns estudos já mostram que os casos extraconjugais aumentaram. Para especialistas, a verdade é que a quarentena só escancarou um problema que acontece com frequência.
Diante desse cenário, muitas pessoas pensam que trair é algo comum, que todos fazem. Zilu Camargo, ex-mulher do cantor Zezé di Camargo, contou que passou por isso e considera algo normal: "Fui traída, sou traída e vou continuar sendo traída, quem não é?”.
Outras celebridades que foram traídas vieram a público falar que perdoaram uma traição. Foi o caso da influenciadora, Thaís Vasconcelos. “As pessoas têm a necessidade de fazer tudo parecer perfeito. Não sei qual a dificuldade de você assumir isso publicamente. É muito tranquilo. Por isso que falo, perdoei e perdoaria [de novo] a traição. Sou muito bem-resolvida”, disse em uma rede social, após a repercussão da traição do seu marido, o cantor Ferrugem.
Para o apresentador do Fala Que Eu Te Escuto, o Bispo Eduardo Bravo, a traição está banalizada. “Antigamente, era um escândalo. Hoje, trai e vai para as redes sociais”, comentou.
O programa desta quinta-feira citou exemplos de casos de traição que ficaram conhecidos e lembrou que não são apenas os homens que agem de forma infiel. Assim, também questionou os espectadores: “Todo mundo trai e, por isso, precisamos perdoar? Ou não se pode renunciar à fidelidade?”.
É possível perdoar?
Não são poucos os casais que já enfrentaram situações nas quais um dos cônjuges se envolveu emocionalmente, sexualmente ou virtualmente com outra pessoa e isso abalou seriamente a relação. A assessora de casamentos Angelina Rodrigues revelou que passou por isso. “Fui traída e perdoei. Acredito que é possível vencer essa condição. Porém, apesar de ter perdoado, fiz a escolha de romper aquele relacionamento. Acredito na fidelidade. Somente com ela há felicidade no amor”, comenta.
A verdade é que, por mais que as pessoas passem a imagem de que “trair é comum nos dias de hoje”, quando uma traição acontece, toda a família sofre. Há quem escolha pela separação, como Angelina, mas também há aqueles que decidem dar uma segunda chance. Contudo, se a pessoa não vencer o trauma e a desconfiança, viverá para sempre refém daquela traição. Então, seja qual for a decisão da pessoa traída, para que possa seguir a vida, sozinha ou não, é fundamental que se perdoe.
A fidelidade existe
Para o jovem Alex Kardela, as pessoas precisam valorizar mais a fidelidade. “Meus pais foram exemplos para mim. Aprendi que existe, sim, casamento fiel. Estou casado há 7 anos e sigo fiel. Não podemos renunciar a isso. Quem ama de verdade não se permite trair”, pontuou.
Ao final do programa, 90% dos participantes votaram que não é possível renunciar à fidelidade. “Se você constrói uma casa sobre a rocha, ela vai permanecer. Se constrói sobre a areia, a tempestade vai levar. Essa rocha seria a fidelidade e a infidelidade é a areia, que vai destruindo vidas, famílias... Todas as quintas-feiras, temos a Terapia do Amor, uma escola do amor inteligente que vai ensinar a pessoa a como construir uma relação verdadeira”, conclui o Bispo Eduardo Bravo.
O pastor Guilherme Grando ressaltou a importância de cultivar confiança. “Isso é um dos pontos que a pessoa vai aprender na Terapia do Amor. Porque o casamento não existe sem confiança e, quando existe traição, há uma quebra de confiança. As palestras ensinam como evitar ou ser curado de uma traição”, finaliza.